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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Maysa traz de volta os bons tempos da Paulista

Minissérie da Globo resgata uma época em que os casarões da avenida Paulista ainda encantavam a cidade.
Ricardo Osman - 6/1/2009
O velho Trianon nos tempos do conde Francesco Matarazzo.
A minissérie Maysa, da Rede Globo, que estreou na segunda-feira, dia 5, traz de volta o tempo dos luxuosos casarões dos Matarazzo na avenida Paulista. A grande e elegante casa onde a cantora Maysa viveu com o empresário André Matarazzo, neto do conde Francesco, ficava na esquina da Paulista com a alameda Casa Branca. Para reproduzir o casarão na telinha, o diretor Jayme Monjardim recorreu a outro antigo imóvel, o do Museu Imperial, na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, que foi construído pelo imperador Dom Pedro II.
Quem conheceu o casarão na esquina da avenida Paulista com a alameda Casa Branca, aprovou a cena exibida no primeiro capítulo da minissérie. "A reconstituição está excelente, como toda a minissérie, mas o casarão não existe mais", disse o senador Eduardo Matarazzo Suplicy, sobrinho de André Matarazzo. O empresário morreu em 1967. No terreno onde estava a casa onde Maysa morou, foi construído o edifício Conde Andrea Matarazzo. "Maysa e meu tio André foram morar no local logo após o casamento", afirma o senador. "O endereço era a residência
dos pais de André, Andrea Matarazzo e Amália Cintra Ferreira."
Piscina – Ao lado desse casarão, estava a casa de Filomena Matarazzo, a mãe do senador Suplicy.

A cantora Maysa Matarazzo em foto de 1960.
"Nossa casa tinha piscina e Maysa ia lá para nadar", conta o senador. "Havia uma passagem ligando as casas", recorda-se." Conforme descreve o senador, todo aquele trecho da avenida Paulista (que se estende do Parque Siqueira Campos, o Trianon, até a rua Pamplona) era ocupado por luxuosas residências da família Matarazzo. O conde Francesco, um imigrante italiano, que chegou ao Brasil em 1881, teve 13 filhos.
Ele foi um expoente da indústria paulista no século passado. Em poucas décadas, o conde montou um império industrial que chegou a reunir 365 indústrias (de moinhos de farinha a empresas de tecelagens) e metalúrgicas. Inicialmente, depois de desembarcar em Santos, ele abriu uma empresa de venda de banha de porco em Sorocaba. Depois, seu conglomerado recebeu o nome de Indústrias Reunidas Francesco Matarazzo.
Demolido – O famoso casarão do conde Francesco ficava à distância de apenas um quarteirão da casa onde viveram André e Maysa.
O imóvel, localizado na esquina da avenida Paulista com a rua Pamplona, fez parte da história de São Paulo, mas acabou demolido na década de 90.
Em 1989, durante a gestão da prefeita Luiza Erundina, o casarão do conde Francesco chegou a ser tombado. Entretanto, depois de longa batalha judicial com a família, o imóvel foi posto abaixo e da antiga construção restou apenas um portal. Atualmente, no local funciona um estacionamento.
O senador Eduardo Matarazzo Suplicy acompanhou a estreia da minissérie, na segunda-feira, na casa do diretor Jaime Monjardim, no Rio de Janeiro, que é seu primo. Jaime é filho de André Matarazzo e Maysa. Estavam presentes também o escritor da minissérie Manoel Carlos e a atriz Larissa Maciel, a gaúcha de 30 anos que interpreta a cantora Maysa.
Toni Pires/Folha Imagem - 17/03/1995

http://www.dcomercio.com.br/Materia.aspx?canal=2&materia=7990

O casarão do conde Francesco Matarazzo, na esquina da Paulista com a rua Pamplona: demolido nos anos 90.

Fonte - http://www.dcomercio.com.br/Materia.aspx?canal=2&materia=7990

2 comentários:

  1. PARABÉNS PELA MINISSÉRIE, POR INCRÍVEL QUE PAREÇA NÃO SABIA DA EXISTÊNCIA DA CANTORA MAYSA E NEM DA ORIGEM DE EDUARDO SUPLICY. FOI UMA SURPRESA!!! É A NOSSA CULTURA, NOSSA MÚSICA É O UM POUQUINHO DO BRASIL....MAYSA AO MEU VER FOI UMA MULHER ADMIRÁVEL E QUE ABRIU AS PORTAS PARA OUTRAS TANTAS MAYSA. PARABÉNS "JAIMINHO" PELA MÃE MARAVILHOSA....

    PATRICIA PAULA

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  2. Tenho acompanhado a Mini série e estou adorando,
    tem coisas que não entendemos quando somos crianças, mas naquela passagem que sua Mãe te leva para um colégio interno, ela diz, vc ainda vai agradecer o que estou fazendo agora, é verdade, apesar de ser triste.

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