Ataques israelenses atingem templo batista; missionário diz que condições da comunidade são precárias.
Os violentos ataques das forças de Israel às bases do grupo Hamas na Faixa de Gaza, iniciados há uma semana, estão atingindo em cheio a comunidade cristã que vive no território palestino. Em mais uma evidência de que os “ataques pessoais” perpetrados pelo Exército israelense – que alega que os alvos são milimetricamente calculados para acertar apenas alvos pré-definidos – não são tão pessoais assim, a Igreja Batista de Gaza foi danificada pelo míssil que atingiu uma delegacia policial.
Cristãos de Gaza fugiram para a Cisjordânia, entre eles alguns funcionários da Sociedade Bíblica local. O pastor da Igreja Batista, Hanna Massad, saiu do Oriente Médio. O americano Carl Moeller, obreiro da Missão Portas Abertas, descreve a crise em Gaza como “uma carga inédita de violência contra os palestinos”. Segundo ele, a situação é extremamente estressante por razões óbvias. Desde o início dos ataques até ontem, 420 pessoas haviam sido mortas, inclusive civis e pacientes internados em hospitais. “É digno de nota o quanto a Igreja tem suportado ali”, comenta Moeller. “Ainda assim, os cristãos continuam a orar e clamar a Deus por paz. Quando podem, vão consolar seus vizinhos”.
Politicamente, os cristãos palestinos não são aceitos nem por Israel nem por sua própria comunidade. “Segundo os padrões israelitas, eles são palestinos; e pelos padrões do Hamas e de outros radicais, são estrangeiros, por serem cristãos”, aponta Moeller. Ele descreve o segmento como um grupo humanitário e religioso cercado pelo fogo cruzado e pelo embate político e militar. De acordo com o missionário, isso deixa a Igreja em uma posição precária. Moeller diz ainda que é muito difícil entregar ajuda material aos cristãos de Gaza, já que as atuais circunstâncias tornam isso impossível. “Aqueles irmãos precisam de ajuda para continuar vivendo, coisas como roupa, alimentos e remédios”, apela.
http://www.cristianismohoje.com.br/retrancas/Crist%C3%A3os%20sofrem%20em%20Gaza/37151
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