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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Aquecimento Global e Gases de Efeito Estufa

Aquecimento Global e Gases de Efeito Estufa

O efeito estufa aquece a superfície da Terra em 33°C em média. Esse aquecimento natural permite a existência de água liquida na Terra, o que se tornou a base para a evolução biológica. A temperatura média na superfície da Terra seria -18°C sem o efeito estufa. Porém, com o aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, existe uma tendência de aumento da temperatura global média. (Martins, 2004).
O efeito estufa funciona da seguinte maneira: a Terra recebe energia emitida pelo sol na forma de radiação. Parte dessa radiação é refletida pela atmosfera e volta para o espaço. Da energia restante, que atravessa a atmosfera, parte é absorvida pela Terra e parte é refletida na forma de radiação infravermelha. Essa radiação atravessa novamente a atmosfera rumo ao espaço, porém, parte desta radiação é bloqueada e refletida para a terra novamente, principalmente pelas moléculas dos gases que possuem esta propriedade física de refletir a radiação infravermelha. São os chamados Gases Estufa. Quanto maior a concentração deles na atmosfera, maior será a quantidade de radiação infravermelha que fica retida no planeta.


Ilustração Esquemática do Efeito Estufa








Os principais Gases de Efeito Estufa (GEE) são: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nítrico (N2O). A combustão de grandes quantidades de combustíveis fósseis tais como óleo diesel, gasolina e carvão, a derrubada e queimada de florestas, e a prática de alguns métodos utilizados na agricultura aumentaram a concentração de GEE, em especial o dióxido de carbono, na atmosfera principalmente após a Revolução Industrial.

Nos últimos sessenta anos a quantidade de dióxido de carbono emitida para a atmosfera pelo homem, principalmente devido ao aumento do uso de combustíveis fósseis, aumentou a concentração desse gás na atmosfera de 280 ppm (partes por milhão) , na era pré-industrial, para 365 ppm em 1995 (KEELING & WHORF, 1998). Atualmente a concentração de carbono atmosférico está em 379 ppm, segundo as últimas medidas feitas na estação de Mauna Loa, no Havaí (Martins, 2004).




Alterações físicas e climáticas








A relação entre o fenômeno natural de Efeito Estufa e o aquecimento global deve-se ao aumento da capacidade da atmosfera de absorver irradiação infravermelha, o que é causado pelo aumento das emissões dos gases de efeito estufa que permitem a retenção de calor radiante próximo a superfície terrestre.

Os combustíveis fósseis, como, por exemplo, o carvão mineral e os derivados de petróleo, são resultado do acúmulo de biomassa que em escalas geológicas de tempo se depositaram no subsolo. A extração dessas reservas e sua utilização como combustível através da combustão liberam carbono armazenado no subsolo para a atmosfera em um período de tempo que é milhões de vezes menor que o tempo que o carbono atmosférico leva para se transformar em petróleo ou carvão mineral novamente. A diferença entre as escalas de tempo de uso e acúmulo de carbono é um dos fatores que promove o desbalanceamento do ciclo do carbono provocando o acúmulo de carbono na atmosfera em estado gasoso.

Outro vetor de acúmulo de carbono na atmosfera é o desmatamento. Em geral o processo de desmatamento consiste na derrubada e queima das árvores. Neste processo o carbono contido na madeira, na forma de biomassa, é liberado para atmosfera na forma de CO2. No caso do Brasil, as emissões de GEE provenientes dessa via, superam em volume as emissões causadas por uso de combustíveis fósseis. Essa tendência é regional, característica da maioria dos países em desenvolvimento onde as alterações do uso do solo e utilização de biomassa tradicional como combustível energético estão em curso. Essa regionalização o pode ser observada na figura abaixo:



Emissão per capita de CO2 no mundo, segundo o IPCC (1995)

Atualmente, com o aumento da concentração de GEE na atmosfera, existe uma tendência de aumento na temperatura média da Terra, alterando os padrões climáticos globais. De acordo com a UNFCCC (Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas), a temperatura média da superfície da Terra aumentou cerca de 0,6 ºC nos últimos 1.800 anos e espera-se em crescimento de outros 1,4 a 5,8 ºC até o ano de 2100 – um aumento rápido e profundo. Mesmo se o mínimo aumento previsto ocorrer este será maior que o ocorrido nos últimos 10.000 anos.
Estimativas feitas sobre a utilização global de energia e mudanças no uso do solo para os próximos anos, sugerem um aumento das emissões e conseqüente aumento da concentração de GEE na atmosfera a menos que mudanças sejam feitas nos modelos de produção e uso de energia, principalmente em relação ao manejo do carbono. Os cenários energéticos desenvolvidos pelo IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas -(IPCC, 1996) prevêem que, se não forem adotadas medidas que contribuam para a redução de emissão de GEE, as emissões globais de CO2 para a atmosfera irão aumentar de 7,4 GtC/ano (7,4 x 109 toneladas de carbono por ano) em 1997 para aproximadamente 26 GtC/ano em 2.100. Os cenários com valores mais baixos somente serão possíveis com uma redução espontânea praticada pela sociedade que se organizará em busca de maior eficiência energética e menor agressão ao meio ambiente (Martins, 2004).

As possíveis conseqüências relacionadas com o aquecimento global são: extinção de espécies animais e vegetais, já ameaçadas pela poluição e pela perda de habitat; grandes tempestades, inundações, estiagens e um aumento do nível do mar (de 9 a 88 cm é esperado para o ano 2100). Além disso, espera-se uma queda no rendimento na agricultura na maior parte das regiões tropicais e sub-tropicais – e em regiões temperadas também se o aumento de temperatura for maior do que alguns graus Celsius.
saiba mais em:http://www.atarde.com.br/econegocios/aquecimentoglobal/noticia.jsf;jsessionid=468A4C2ECD0E88646CF603DF2F81AD43.jbossdube1?id=1017189

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