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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Crescimento da China cai para 6,1% no primeiro trimestre

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China teve de uma expansão de 6,1% no primeiro trimestre de 2009 em comparação ao mesmo período do ano passado, apontam números divulgados pelo governo do país nesta quinta-feira.

A economia chinesa havia crescido 10,6% nos primeiros três meses de2008 e o resultado atual denota um recuo de 4,5 pontos percentuais emrelação ao ano passado.

A expansão do PIB chinês somente neste ano totalizou cerca de US$ 939 bilhões, segundo Ma Jiantang, diretor do Escritório Nacional de Estatísticas.

O taxa de crescimento trimestral de 6,1% foi a menor observada desde 1992 e reflete o impacto da atual crise financeira mundial nas exportações chinesas.

Os dois principais parceiros comerciais da China são a União Europeia e os Estados Unidos, ambas regiões que registraram forte retração no consumo pela falta de crédito.

No contexto da crise mundial isso significou uma queda de 17% nas exportações chinesas somente em março.

Sem ter para quem vender, a China vem buscando fomentar o consumo doméstico para manter as indústrias aquecidas e assim conseguir cumprir a meta de crescimento de 8% para este ano.

Atingir esta meta - definida pelo Partido Comunista - é importante para que o nível de desemprego esteja sob controle e episódios de inquietação social, como protestos e greves, sejam evitados.

Desaceleração
No comunicado anunciando o resultado, o Escritório Nacional de Estatísticas disse que a economia chinesa está "sendo confrontada com a pressão da desaceleração".

Os níveis de Investimento Estrangeiro Direto (IED) são um importante fator no cálculo do crescimento do PIB chinês, que também retrocederam.

No primeiro trimestre de 2009 a entrada de capital de IED foi de 21,8 bilhões, cerca de 5,6 bilhões a menos que no ano passado.

Enquanto isso, a criação de novos empregos nas áreas metropolitanas também desacelerou. Nos dois primeiros meses do ano o total de novas vagas criadas foi de 1,62 milhões, cerca de 210 mil postos de trabalhos a menos do que no começo de 2008.

Virada
No entanto, a situação da China pode estar perto de uma virada, de acordo com o próprio governo.

Nos primeiros três meses, os rendimentos disponíveis para consumo per capitacresceram mais de 10% nas áreas urbanas e 8,6% na zona rural, o que resultou em alta de 15% nas vendas do comércio, totalizando US$ 430 bilhões.

Alem disso, a produção industrial aumentou 5,1% na média do trimestre, sendo que março, somente, marcou expansão de 8,3%.

O investimento em ativos industriais, como novos equipamentos e estoque, marcou alta de 28,6% em março, 2,1 pontos percentuais a mais do que a elevação de 26,5% de fevereiro.
"De maneira geral a economia mostrou mudanças positivas, com um desempenho melhor que o esperado", afirmou um comunicado do NBS.

"Nós devemos continuamente melhorar as políticas macro-econômicas e fazer esforço para realizar um crescimento robusto e acelerado", disse o órgão estatal.

Desde novembro do ano passado a China vem injetando na economia incentivos de um pacote no valor de US$ 585 bilhões para estimular o crescimento do PIB.
http://economia.uol.com.br/ultnot/bbc/2009/04/16/ult2283u1723.jhtm

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