LONDRES – Em uma semana os líderes mundiais das economias desenvolvidas e emergentes, incluindo o G20 (grupo formado pelos países mais ricos e principais emergentes da comunidade global), e representantes de instituições financeiras internacionais se encontrarão em Londres.
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Os objetivos da chamada Cúpula de Londres são ambiciosos e os organizadores sugerem que da mesa de debates podem sair grandes contribuições para a resolução da crise econômica mundial. Mas o que exatamente é a cúpula?
Em novembro do ano passado o G20 realizou seu primeiro encontro de chefes de Estado na Cúpula de Washington como resposta à crise financeira que atingiu o mundo em setembro do mesmo ano. No final daquele encontro os líderes participantes divulgaram a “Declaração de Washington”, que afirmava seu compromisso em tomar “qualquer ação necessária para estabilizar o sistema financeiro”. Um plano de ação também foi divulgado detalhando como eles pretendiam melhorar o sistema financeiro internacional.
A Cúpula de Londres é o prosseguimento daquele encontro, que aconteceu no enfraquecido período de transição presidencial nos Estados Unidos. Na capital britânica, os países se reunirão com o objetivo de “trabalhar de forma cooperativa para restaurar a estabilidade e estimular o crescimento da economia global”. No site do evento, os organizadores delineiam os seguintes objetivos:
• assegurar a recuperação da economia global - crescimento e empregos;
• delinear os contornos de um sistema financeiro fortalecido - com base no Plano de Ação de Washington;
• acordar os princípios, prioridades e processos para reformar as Instituições Financeiras Internacionais.
Agenda
No dia primeiro de abril, a Rainha Elizabeth II receberá os líderes participantes da cúpula para uma recepção no Palácio de Buckingham por volta das 18h. Depois disso, eles seguem para o número 10 da Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro, onde serão recebidos para um jantar por Gordon Brown e sua mulher, Sarah.
A cúpula acontece no dia 2, no centro de conferências ExCel no leste de Londres. Por volta das 8h, líderes mundiais, ministros financeiros e banqueiros participarão de debates separados durante o café da manhã. Depois disso haverá uma sessão plenária, que deve durar cerca de três horas.
Durante o almoço, as questões em pauta continuarão a ser discutidas separadamente por líderes, ministros financeiros e banqueiros centrais. Em seguida, todos se reúnem para uma última sessão plenária. Brown realizará uma última coletiva de imprensa, inicialmente marcada para às 16h.
Participantes
Refletindo a participação na Cúpula de Washington, Brown convidou os chefes de Estado ou representantes do governo dos seguintes países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Japão, Índia, Indonésia, Itália, México, República Tcheca (atual presidente da UE), Rússia e Turquia.
Para garantir equilíbrio regional, os presidentes da Nova Associação para o Desenvolvimento da África (Nepad), da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e da Comissão Europeia foram convidados. O presidente da Comissão da União Africana também comparecerá.
Além disso, o primeiro-ministro também convidou os líderes de instituições internacionais importantes, como as Nações Unidas, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, para que contribuam com partes relevantes da agenda.
Cada país recebe passes para 20 delegados. Cerca de 2.500 jornalistas foram credenciados para o evento e com a presença de guarda-costas, tradutores e outros oficiais, o número de presentes pode totalizar 3.500.
Decisões
Neste tipo de encontro, grande parte do trabalho é feito com antecedência. No caso da Cúpula de Londres, os ministros financeiros do G20 se encontraram no começo deste mês em Horsham, Inglaterra, onde anunciaram ter tomado “ações amplas, decisivas e coordenadas para aumentar a demanda e os empregos”. Em comunicado oficial, os ministros declararam que estão preparados para adotar qualquer medida necessária “até que o crescimento seja restaurado”.
As conclusões da Cúpula de Londres se basearão amplamente nos acordos feitos em Horsham.
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/03/27/londres+recebera+lideres+mundiais+entenda+a+cupula+5117929.html
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