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terça-feira, 28 de abril de 2009

Conheça medidas adotadas ao redor do mundo contra a gripe suína

Conheça medidas adotadas ao redor do mundo contra a gripe suína


O novo tipo de gripe suína já matou 22 pessoas no México e contaminou 20 no vizinho Estados Unidos desde o último dia 13 obrigou países de todo o mundo, inclusive o Brasil, a adotar métodos de prevenção. Conforme a OMS (Organização Mundial de Saúde), a gripe tem potencial para chegar a pandemia (uma epidemia de grande alcance geográfico).

Confira algumas das precauções adotadas ao redor do mundo:

Brasil
- Tripulações e passageiros de aeronaves oriundas dos EUA e do México recebem materiais com informações sobre os sintomas da doença. Quando há suspeita, a pessoa é levada para um posto da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e, se necessário, encaminhada para um hospital da rede pública.
- Não há casos de suspeita da doença.

Alemanha
- Um comunicado sobre o perigo da gripe suína foi publicado no site do Ministério de Relações Exteriores alemão, mas nenhum alerta de viagem foi emitido.

América Central
- Os países da região aumentaram a fiscalização na fronteira e em aeroportos.
- No Panamá, funcionários dos aeroportos isolam os passageiros dos voos do México. Funcionários de saúde em El Salvador, na fronteira com Guatemala e Honduras, estão em alerta para casos de gripe.
- O ministério de Saúde da Nicarágua declarou estado de alerta.

Argentina
- O ministro da Saúde solicitou que equipes de bordo e passageiros em voos do México avisem imediatamente se tiverem sintomas da gripe. Além disso, o ministério pediu que o sistema de saúde da Argentina observe se há aumento de doenças respiratórias e promova campanhas de vacinação e hábitos de higiene preventivos.

Áustria
- O Ministério de Saúde informou que, devido a um plano elaborado em 2005, o país possui estoques de medicamentos antivirais capazes de atender 4 milhões de pessoas (metade da população); e possui capacidade de produzir vacinas profiláticas para toda a população.
- O país possui um estoque de 8 milhões de máscaras.

Chile
- O governo do Chile examina os passageiros que chegam de avião do México e dos EUA para verificar se há sinais de febre. Ainda observa um possível caso suspeito, mas descartou outros dois.
- O ministro da Saúde advertiu para as viagens ao México e aos EUA, e funcionários de fronteira monitoram os passageiros que chegam por terra por sintomas da gripe.

Colômbia
- Autoridades aumentaram a fiscalização e controle preventivo em hospitais, portos e nos principais aeroportos de Bogotá, especialmente para pessoas que chegam da Cidade do México, Texas e Califórnia.

Dinamarca
- Um plano nacional de prevenção a pandemias entrou em vigor assim que a ameaça da gripe suína foi identificada.
- O país possui estoques de medicamentos como Tamiflu.

Equador
- O governo diz que vai realizar exames médicos em pessoas com sintomas da gripe que chegarem de países com gripe suína. Oficiais dos serviços de saúde também colocaram hospitais em alerta para monitorar casos de febre.

Espanha
- Os voos para o México foram equipados com máscaras e luvas cirúrgicas.
- Três pessoas que chegaram do México com suspeitas de gripe estão em observação até que o diagnóstico seja confirmado, o que só deverá acontecer em dois dias.

França
- Oficiais dos serviços de saúde estão em alerta, e o ministério criou um gabinete de crise para monitorar a evolução da doença.
- Quatro pessoas, sendo três da mesma família, estão em observação por suspeita de gripe suína. Outros dois casos foram examinados e descartados.

Grécia
- O país possui "estoques estratégicos" de Tamiflu e outros medicamentos antivirais, informou o chefe do centro nacional de operações de saúde, Panagiotis Efstathiou.

Itália
- Fabricantes do presunto de Parma emitiram um comunicado assegurando os consumidores de que os produtos são seguros.

Oriente Médio
- A OMS recomendou que os países da região repitam as medidas de prevenção adotadas contra a gripe aviária e que monitorem pessoas que tenham retornado do México e dos EUA com sintomas de gripe, mas que não é necessário impor isolamento para todos os viajantes dessa região. Esses países também devem verificar os estoques de Tamiflu.
- Os Emirados Árabes Unidos têm um estoque de 1 milhão de comprimidos de Tamiflu, o suficiente para 40 mil pessoas caso haja pandemia, disse o diretor de Assuntos de Saúde Pública da Autoridade de Saúde de Dubai, Ali Al Marzouki.
- Os Emirados Árabes Unidos também estuda a possibilidade de banir a importação de todos os produtos do México e dos EUA feitos de porco.

Peru
- O ministério da Saúde do Peru aumentou o controle nos aeroportos para detectar se alguém com sintomas da gripe entrar no país.

Reino Unido
- O país possui um estoque de drogas para tratamento de gripe, incluindo Tamiflu, e negocia um acordo para assegurar o número necessário de vacinas, para o caso de uma pandemia.
- O secretário de Saúde, Alan Johnson, afirmou esperar que pessoas que tenham viajado nas últimas semanas e estejam com sintomas de gripe sejam examinadas "muito, muito rápido".
- Um tripulante da companhia aérea British Airways que apresentava sintomas de gripe foi examinado, e a hipótese foi descartada.

República Tcheca
- O país possui um estoque de 2 milhões de doses de Tamiflu, o suficiente para um quinto da população, informou o chefe do serviço de saúde pública, Michael Vit.

Rússia
- O país proibiu a importação de carne do México, de diversos Estados americanos e de todo o Caribe, informou o chefe do setor, Nikolai Vlasov, à agência de notícias Reuters.
- Equipes médicas estão nos aeroportos internacionais procurando sintomas de gripe entre os passageiros que chegam do México, EUA e Canadá.

Venezuela
- A Venezuela disse que vai aumentar o controle de saúde em aeroportos para prevenir que a doença se espalhe e recomendou que os venezuelanos evitem viajar para os EUA e México.
- Equipes médicas estão nos aeroportos internacionais procurando sintomas de gripe entre os passageiros que chegam do México, EUA e Canadá.

Leia mais sobre a gripe suína em http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u556483.shtml

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Nova geração de satélites promete impulsionar pesquisas e vigiar melhor amazônia

No horizonte dos próximos três anos o Brasil promete colocar em órbita dois satélites que permitirão uma cobertura completa da Terra, com imagens de média resolução, em menos de cinco dias – hoje a cobertura feita pelo Cbers-2B (sigla para satélite sino-brasileiro de recursos terrestres) é de 26 dias. Com previsão para lançamento em meados de 2011, o Cbers-3 substituirá o Cbers-2B, lançado em 2007, e seguirá fornecendo imagens que vêm sendo utilizadas por pesquisadores, órgãos públicos e vários setores da sociedade. O Cbers-3 está sendo submetido a testes na China, parceira do Brasil desde 1988 no desenvolvimento dessa classe de satélites, e disporá de uma nova geração de câmeras que promete uma qualidade mais acurada das imagens. Uma dessas câmeras é a AWFI/Cbers-3, que fará imagens da Amazônia a cada cinco dias, mas agora com uma resolução de cerca de 70 metros, em vez dos 260 metros da atual câmera WFI do Cbers-2B. O segundo satélite, com lançamento previsto para 2012, é o Amazônia-1, que promete tornar mais preciso o monitoramento da região amazônica e aperfeiçoar o trabalho do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Sua câmera óptica AWFI/Amazônia-1 será capaz de operar nas faixas do visível e do infravermelho e terá uma resolução de 40 metros, mais detalhada do que a AWFI do Cbers-3. Um acordo em discussão com o Reino Unido poderá integrar à carga do satélite a câmera inglesa Ralcam-3, com resolução da ordem de 10 metros. Desenvolvido pelo Inpe, o Amazônia-1 será o primeiro satélite construído sobre a Plataforma Multimissão (PMM), uma base genérica com capacidade de abrigar uma carga útil de até 280 quilos, que deverá ser usada em outros projetos, reduzindo seus custos.
As perspectivas com a nova geração de satélites, embora sejam promissoras para a próxima década, podem enfrentar percalços no curto prazo. O cronograma do Cbers-3 já sofreu dois adiamentos – deveria ser lançado em 2009 – devido a restrições impostas pelo governo norte-americano para a venda ao Brasil de componentes para a fabricação dos equipamentos e sensores. Isso acontece porque, entre outros fatores, a parceria do Brasil é com a China, que sofre certos embargos dos Estados Unidos na área espacial. Graças a tais restrições, o Amazônia-1, que utiliza diversos componentes norte-americanos, não poderá ser lançado por um foguete chinês, como acontece com os Cbers. Se ocorrerem novos atrasos, aumentará o risco de interrupção do fornecimento de imagens, uma vez que o Cbers-2B já está há quase dois anos em órbita e sua vida útil é estimada em menos de quatro anos. Seu antecessor, o Cbers-2, lançado em 2003, parou de funcionar recentemente, no dia 15 de janeiro, após quase cinco anos de operação. Se houver descontinuidade no fornecimento de imagens, o Brasil se tornaria dependente das imagens do satélite norte-americano de sensoriamento remoto Landsat-5, que hoje são usadas de forma complementar às do Cbers.


No horizonte dos próximos três anos o Brasil promete colocar em órbita dois satélites que permitirão uma cobertura completa da Terra, com imagens de média resolução, em menos de cinco dias – hoje a cobertura feita pelo Cbers-2B (sigla para satélite sino-brasileiro de recursos terrestres) é de 26 dias. Com previsão para lançamento em meados de 2011, o Cbers-3 substituirá o Cbers-2B, lançado em 2007, e seguirá fornecendo imagens que vêm sendo utilizadas por pesquisadores, órgãos públicos e vários setores da sociedade. O Cbers-3 está sendo submetido a testes na China, parceira do Brasil desde 1988 no desenvolvimento dessa classe de satélites, e disporá de uma nova geração de câmeras que promete uma qualidade mais acurada das imagens. Uma dessas câmeras é a AWFI/Cbers-3, que fará imagens da Amazônia a cada cinco dias, mas agora com uma resolução de cerca de 70 metros, em vez dos 260 metros da atual câmera WFI do Cbers-2B. O segundo satélite, com lançamento previsto para 2012, é o Amazônia-1, que promete tornar mais preciso o monitoramento da região amazônica e aperfeiçoar o trabalho do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Sua câmera óptica AWFI/Amazônia-1 será capaz de operar nas faixas do visível e do infravermelho e terá uma resolução de 40 metros, mais detalhada do que a AWFI do Cbers-3. Um acordo em discussão com o Reino Unido poderá integrar à carga do satélite a câmera inglesa Ralcam-3, com resolução da ordem de 10 metros. Desenvolvido pelo Inpe, o Amazônia-1 será o primeiro satélite construído sobre a Plataforma Multimissão (PMM), uma base genérica com capacidade de abrigar uma carga útil de até 280 quilos, que deverá ser usada em outros projetos, reduzindo seus custos.
As perspectivas com a nova geração de satélites, embora sejam promissoras para a próxima década, podem enfrentar percalços no curto prazo. O cronograma do Cbers-3 já sofreu dois adiamentos – deveria ser lançado em 2009 – devido a restrições impostas pelo governo norte-americano para a venda ao Brasil de componentes para a fabricação dos equipamentos e sensores. Isso acontece porque, entre outros fatores, a parceria do Brasil é com a China, que sofre certos embargos dos Estados Unidos na área espacial. Graças a tais restrições, o Amazônia-1, que utiliza diversos componentes norte-americanos, não poderá ser lançado por um foguete chinês, como acontece com os Cbers. Se ocorrerem novos atrasos, aumentará o risco de interrupção do fornecimento de imagens, uma vez que o Cbers-2B já está há quase dois anos em órbita e sua vida útil é estimada em menos de quatro anos. Seu antecessor, o Cbers-2, lançado em 2003, parou de funcionar recentemente, no dia 15 de janeiro, após quase cinco anos de operação. Se houver descontinuidade no fornecimento de imagens, o Brasil se tornaria dependente das imagens do satélite norte-americano de sensoriamento remoto Landsat-5, que hoje são usadas de forma complementar às do Cbers.
http://www.geoprocessamento.net/

domingo, 26 de abril de 2009

Década de 2020 deve consolidar poder dos BRICs

Década de 2020 deve consolidar poder dos BRICs
Silvia Salek *

Da BBC Brasil em Londres



Crescimento acelerado pode fazer dos BRIC potências econômicas e políticas
Os anos 20 deste século podem marcar a consolidação do fortalecimento de países emergentes como potências econômicas e políticas, em um mundo cada vez mais multipolar. Segundo acadêmicos e instituições de pesquisa, os chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) serão peças-chave dessa nova ordem.

Para investigar que desafios cada país do BRIC terá pela frente, no caminho para se tornar uma potência em 2020, a BBC Brasil produziu uma série especial que começa a ser publicada nesta segunda-feira, reunido reportagens multimídia de nossos repórteres no Brasil e enviados especiais a Rússia, Índia e China.

Em 2020, com 3,14 bilhões de habitantes (40% da população mundial naquele ano, segundo projeções da ONU), eles devem chegar mais perto das economias do G-7, após terem crescido a taxas muito superiores às de nações ricas.

O National Intelligence Council, entidade do governo americano ligada a agências de inteligência, prevê que já em 2025 todo o sistema internacional - como foi construído após a Segunda Guerra Mundial - terá sido totalmente transformado.

"Novos atores - Brasil, Rússia, Índia e China - não apenas terão um assento à mesa da comunidade internacional, mas também trarão novos interesses e regras do jogo", afirma a instituição

"Muito provavelmente, por volta de 2020 vamos nos dar conta de que existe um equilíbrio muito maior no mundo em termos econômicos e políticos com o fortalecimento de países emergentes como China, Índia, Brasil e Rússia. Com um maior poder econômico, virá também um maior poder político e uma participação ativa desses países em organismos internacionais", disse à BBC Brasil Stepháne Garelli, professor da Universidade de Lausanne, na Suíça, e autor de um estudo que traça cenários para 2050.

Conceito complexo

O conceito de sistema multipolar é complexo e, ainda que boa parte dos analistas concorde que o mundo caminha para isso, o tempo que levará para que a China tenha voz no Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil tenha um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU ou o Banco Mundial seja dirigido por um russo ou indiano variam muito.

Mas a discussão já não se limita mais ao meio acadêmico. Diferentes aspectos do que pode vir a ser um mundo multilateral (ou multipolar) já começam a aparecer em discursos de autoridades que estão no centro do processo de tomada de decisões internacionais.

Um exemplo recente vem de Gordon Brown, o primeiro-ministro britânico, que, às vésperas do encontro do G-20, em Londres, declarou no Brasil que "o tempo em que poucas pessoas mandavam na economia acabou".

Também às vésperas do encontro, o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, disse em entrevista a uma TV francesa que "soluções globais supõem que a governança de instituições como o FMI seja mais legítima, mais democrática, com espaço para os países emergentes e pobres".

Reunião do G-20

A reunião do G-20, grupo que une países emergentes aos países-membros do G-8, pode ser vista como um sinal dessas mudanças. A voz dos emergentes no cenário de crise ganha especial relevância.

Segundo boa parte dos analistas ouvidos pela BBC Brasil, eles não apenas serão menos afetados do que os países desenvolvidos pela crise, como também podem se recuperar mais rapidamente.

Essa possível recuperação mais rápida se baseia em alguns pilares que serão também propulsores do crescimento de longo prazo.

"A situação das economias desses países é muito diferente. Mas, de maneira geral, os BRIC estão mais bem posicionados para a recuperação do que muitas outras economias", disse Markus Jaeger, responsável por análises de longo prazo no Deutsche Bank.

Para Alfredo Coutinho, analista mexicano da agência Moody's nos Estados Unidos, a crise revela ainda a vulnerabilidade das economias desenvolvidas e deixa clara a necessidade de equilíbrio na economia global.

"É uma oportunidade para as economias emergentes, que devem liderar a recuperação", disse Coutinho.
saiba mais em:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090330_bricsabertura_ss.shtmlSilvia Salek *

Da BBC Brasil em Londres

OMS faz reunião sobre gripe suína

GENEBRA - A Organização Mundial da Saúde (OMS) fará uma reunião de emergência neste sábado para decidir se vai declarar emergência na saúde pública internacional por conta dos casos de gripe suína que matou dezenas de pessoas no México e deixou pelo menos sete doentes nos Estados Unidos. É a primeira vez que a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, convoca um comitê de crise, desde que este tipo de iniciativa foi criada há dois anos, informou o porta-voz da entidade, Gregory Hartl.



Chan disse hoje que a gripe suína tem potencial para tornar-se uma pandemia, mas que não é possível prever se e quando isso poderá ocorrer. O comitê deve decidir ainda hoje se o surto de gripe suína constitui uma emergência. Caso positivo, a OMS pode considerar medidas como alertas de viagens, restrições comerciais e fechamento de fronteiras.



O nível do alerta global para pandemia de gripe está agora na fase três, o que significa que o risco de o vírus se espalhar de humanos para humanos é inexistente ou muito pequeno. O comitê decidirá se o alerta deverá ser elevado para nível quatro ou cinco, dependendo da avaliação sobre a disseminação do vírus, afirmou Hartl. Uma elevação no nível do alerta é provável, já que as evidências no México indicam que o vírus se espalhou entre as pessoas e não apenas de animais para pessoas.



Pelo menos 62 pessoas morreram de pneumonia severa causada por uma doença parecida com a gripe no México, de acordo com a OMS. Mais de mil pessoas ficaram doentes. Em algumas delas foi confirmada a contaminação por um tipo de vírus da gripe suína chamado A/H1N1. Essa variante particular do vírus não tinha sido vista anteriormente em suínos ou humanos, embora tenha havido casos de contaminação pelo H1N1. "Esta é uma grande preocupação para nós da OMS", disse Hartl.



A atual vacina sazonal para gripe não oferece proteção para essa nova doença, mas o antiviral Tamiflu parece ser efetivo contra o H1N1. "México e EUA têm grandes estoques de Tamiflu", afirmou o porta-voz da organização.



O vírus tem causado alarme no México, onde mais de mil pessoas adoeceram. Autoridades estão fechando escolas, museus, livrarias e teatros para conter a disseminação do vírus. A OMS, que tem monitorado a situação desde quinta-feira, disse que 12 casos no país foram confirmados como geneticamente idênticos ao vírus detectado na Califórnia. Autoridades norte-americanas disseram que sete pessoas foram infectas pela gripe suína na Califórnia e no Texas, mas todas se recuperaram. As informações são da Associated Press.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,oms-faz-reuniao-sobre-gripe-suina,360383,0.htm

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Pobre e classe média trocam de profissão e de país atrás de emprego

O município paulista de Diadema e a província canadense de Québec oferecem empregos em uma época que só se fala em demissões em massa. Mas os dois exemplos, um entre os trabalhadores pobres e o outro entre os de classe média, mostram que há oportunidades no meio do pessimismo.


A rede norte-americana de varejo Wall Mart vai abrir duas unidades na cidade paulista e as 65 vagas atraíram mão-de-obra especializada de açougueiros, padeiros e farmacêuticos, mas também um exército de operários sem qualificação. "Busco meu primeiro emprego justo agora que tem um monte de gente com experiência e sem trabalho", se resigna Viviane Balbino, que se candidatou a uma vaga de caixa do supermercado.

Outro exemplo é a metalúrgica Valdicélia Santos, que teve que abandonar a linha de montagem e pode ter pela frente vários corredores de gôndolas. "É pela precisão que eu estou atrás desse emprego. Gosto mesmo é da fábrica: você trabalha tanto que nem vê o tempo passar", diz a baiana de Feira de Santana.

Já os desempregados com experiência encontram vagas com salários menores. "Os patrões aproveitam para achatar a folha de pagamento. Demitem quem tem mais tempo de casa e melhor salário, mas chamam novatos para ganhar piso salarial", conclui Rosângela Faria, que trabalhou em um supermercado concorrente por 11 anos e está há seis meses desempregada.

Já a promessa para quem consegue migrar legalmente para o Québec é arrumar um trabalho em seis meses e triplicar os honorários. A província francófona do Canadá quer atrair 230 mil profissionais nos próximos anos. Lá há um déficit populacional, pela baixa taxa de natalidade (1%) diante do crescimento econômico constante (3%) - o temor também é que a região perca peso político diante do restante do país anglófilo.

"Os brasileiros não formam guetos e são muito flexíveis na relação com os canadenses. Fora isso, tem boa formação educacional", afirma Soraia Tandel, diretora do escritório de imigração do Québec em São Paulo - há unidades similares em localidades como Damasco, Hong Kong, Paris, Viena e Cidade do México.

Ela dá palestra para os interessados em morar no topo do continente americano. "As perguntas mais comuns são sobre o frio e sobre o perfil de trabalhador procurado. O país precisa essencialmente jovens até 35 anos, com conhecimento de francês e um nível técnico ou universitário. Se tiver filhos, melhor", explica Tandel (para ter mais detalhes do programa de imigração, acessar www.imigracao-quebec.ca).

Entre os escolhidos para ter uma vida canadense está Sílvia Sanches e seu noivo Renato. "Sou apaixonada pelo país. Vou morar na cidade de Québec, que parece uma casa de boneca de tão bonita", se entusiasma a secretária trilingue com a viagem de setembro. Ela avisou o patrão nesta quinta. Seu noivo nem isso fez ainda. Eles só querem ter filhos canadenses e desfrutar da tranquilidade de lá.
saiba mais em:http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/04/24/ult5772u3719.jhtm

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Podemos evitar o aquecimento global?

Há muita coisas que podemos fazer para tentar deter o aquecimento global. Basicamente, todas sugerem a redução na emissão de gases estufa. Podemos ajudar gastando menos energia.

Estas são algumas formas de diminuir emissões de gases estufa:

certifique-se de que seu carro está com o motor regulado - isto permitirá que ele funcione com maior eficiência e gere menos gases nocivos;
caminhe ou ande de bicicleta quando puder - dirigir o carro gera mais gases estufa do que praticamente qualquer outra coisa que se faça;
recicle - o lixo que não é reciclado acaba em um aterro, gerando metano; além disso, produtos reciclados requerem menos energia para ser produzidos do que produtos feitos do zero;
plante árvores e outras plantas onde puder - as plantas tiram o CO2 do ar e liberam oxigênio;
não queime o lixo - isto lança CO2 e hidrocarbonetos para a atmosfera.
Os carros queimam combustível fóssil, mas os carros com combustível mais eficiente emitem menos CO2, especialmente os carros híbridos. Caminhe ou use sua bicicleta se possível ou dê caronas a caminho do trabalho.

Para deter a emissão dos gases estufa é necessário que se desenvolvam fontes de energia combustível não-fóssil. Energia hidrelétrica, energia solar, motores de hidrogênio, biodiesel e células de combustível poderiam criar grandes cortes nos gases estufa se fossem mais comuns.

O Protocolo de Kyoto foi criado para reduzir a emissão de CO2 e de outros gases estufa em todo o mundo. Trinta e cinco nações industrializadas se comprometeram a reduzir a emissão destes gases em graus variados. Infelizmente, os Estados Unidos, principais produtores mundiais de gases estufa, não assinaram o protocolo.

FONTE: http://ambiente.hsw.uol.com.br/aquecimento-global7.htm

Aquecimento Global e Gases de Efeito Estufa

Aquecimento Global e Gases de Efeito Estufa

O efeito estufa aquece a superfície da Terra em 33°C em média. Esse aquecimento natural permite a existência de água liquida na Terra, o que se tornou a base para a evolução biológica. A temperatura média na superfície da Terra seria -18°C sem o efeito estufa. Porém, com o aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, existe uma tendência de aumento da temperatura global média. (Martins, 2004).
O efeito estufa funciona da seguinte maneira: a Terra recebe energia emitida pelo sol na forma de radiação. Parte dessa radiação é refletida pela atmosfera e volta para o espaço. Da energia restante, que atravessa a atmosfera, parte é absorvida pela Terra e parte é refletida na forma de radiação infravermelha. Essa radiação atravessa novamente a atmosfera rumo ao espaço, porém, parte desta radiação é bloqueada e refletida para a terra novamente, principalmente pelas moléculas dos gases que possuem esta propriedade física de refletir a radiação infravermelha. São os chamados Gases Estufa. Quanto maior a concentração deles na atmosfera, maior será a quantidade de radiação infravermelha que fica retida no planeta.


Ilustração Esquemática do Efeito Estufa








Os principais Gases de Efeito Estufa (GEE) são: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nítrico (N2O). A combustão de grandes quantidades de combustíveis fósseis tais como óleo diesel, gasolina e carvão, a derrubada e queimada de florestas, e a prática de alguns métodos utilizados na agricultura aumentaram a concentração de GEE, em especial o dióxido de carbono, na atmosfera principalmente após a Revolução Industrial.

Nos últimos sessenta anos a quantidade de dióxido de carbono emitida para a atmosfera pelo homem, principalmente devido ao aumento do uso de combustíveis fósseis, aumentou a concentração desse gás na atmosfera de 280 ppm (partes por milhão) , na era pré-industrial, para 365 ppm em 1995 (KEELING & WHORF, 1998). Atualmente a concentração de carbono atmosférico está em 379 ppm, segundo as últimas medidas feitas na estação de Mauna Loa, no Havaí (Martins, 2004).




Alterações físicas e climáticas








A relação entre o fenômeno natural de Efeito Estufa e o aquecimento global deve-se ao aumento da capacidade da atmosfera de absorver irradiação infravermelha, o que é causado pelo aumento das emissões dos gases de efeito estufa que permitem a retenção de calor radiante próximo a superfície terrestre.

Os combustíveis fósseis, como, por exemplo, o carvão mineral e os derivados de petróleo, são resultado do acúmulo de biomassa que em escalas geológicas de tempo se depositaram no subsolo. A extração dessas reservas e sua utilização como combustível através da combustão liberam carbono armazenado no subsolo para a atmosfera em um período de tempo que é milhões de vezes menor que o tempo que o carbono atmosférico leva para se transformar em petróleo ou carvão mineral novamente. A diferença entre as escalas de tempo de uso e acúmulo de carbono é um dos fatores que promove o desbalanceamento do ciclo do carbono provocando o acúmulo de carbono na atmosfera em estado gasoso.

Outro vetor de acúmulo de carbono na atmosfera é o desmatamento. Em geral o processo de desmatamento consiste na derrubada e queima das árvores. Neste processo o carbono contido na madeira, na forma de biomassa, é liberado para atmosfera na forma de CO2. No caso do Brasil, as emissões de GEE provenientes dessa via, superam em volume as emissões causadas por uso de combustíveis fósseis. Essa tendência é regional, característica da maioria dos países em desenvolvimento onde as alterações do uso do solo e utilização de biomassa tradicional como combustível energético estão em curso. Essa regionalização o pode ser observada na figura abaixo:



Emissão per capita de CO2 no mundo, segundo o IPCC (1995)

Atualmente, com o aumento da concentração de GEE na atmosfera, existe uma tendência de aumento na temperatura média da Terra, alterando os padrões climáticos globais. De acordo com a UNFCCC (Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas), a temperatura média da superfície da Terra aumentou cerca de 0,6 ºC nos últimos 1.800 anos e espera-se em crescimento de outros 1,4 a 5,8 ºC até o ano de 2100 – um aumento rápido e profundo. Mesmo se o mínimo aumento previsto ocorrer este será maior que o ocorrido nos últimos 10.000 anos.
Estimativas feitas sobre a utilização global de energia e mudanças no uso do solo para os próximos anos, sugerem um aumento das emissões e conseqüente aumento da concentração de GEE na atmosfera a menos que mudanças sejam feitas nos modelos de produção e uso de energia, principalmente em relação ao manejo do carbono. Os cenários energéticos desenvolvidos pelo IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas -(IPCC, 1996) prevêem que, se não forem adotadas medidas que contribuam para a redução de emissão de GEE, as emissões globais de CO2 para a atmosfera irão aumentar de 7,4 GtC/ano (7,4 x 109 toneladas de carbono por ano) em 1997 para aproximadamente 26 GtC/ano em 2.100. Os cenários com valores mais baixos somente serão possíveis com uma redução espontânea praticada pela sociedade que se organizará em busca de maior eficiência energética e menor agressão ao meio ambiente (Martins, 2004).

As possíveis conseqüências relacionadas com o aquecimento global são: extinção de espécies animais e vegetais, já ameaçadas pela poluição e pela perda de habitat; grandes tempestades, inundações, estiagens e um aumento do nível do mar (de 9 a 88 cm é esperado para o ano 2100). Além disso, espera-se uma queda no rendimento na agricultura na maior parte das regiões tropicais e sub-tropicais – e em regiões temperadas também se o aumento de temperatura for maior do que alguns graus Celsius.
saiba mais em:http://www.atarde.com.br/econegocios/aquecimentoglobal/noticia.jsf;jsessionid=468A4C2ECD0E88646CF603DF2F81AD43.jbossdube1?id=1017189

Saiba o que é Dióxido de Carbono, Gás Carbônico, importância, definição, CO2

Dióxido de Carbono


Entre os gases poluentes emitidos pela queima da gasolina encontra-se o gás carbônico
Definição

O dióxido de carbono, também conhecido como gás carbônico, é uma substância química formada por dois átomos de oxigênio e um de carbono. Sua fórmula química é CO2.

É um gás importante para o reino vegetal, pois é essencial na realização do processo de fotossíntese das plantas (processo pelo qual as plantas transformam a energia solar em energia química).

Este gás é liberado no processo de respiração (na expiração) dos seres humanos e também na queima dos combustíveis fósseis (gasolina, diesel, querosene, carvão mineral e vegetal). A grande quantidade de dióxido de carbono na atmosfera é prejudicial ao planeta, pois ocasiona o efeito estufa e, por consequência, o aquecimento global.

Este gás é usado comercialmente em algumas bebidas (carbonatadas) e também em extintores de incêndio. Se inalado, em grande quantidade, pode provocar irritações nas vias aéreas, vômitos, náuseas e até mesmo morte por asfixia (o que ocorre geralmente nos incêndios).

Links relacionados

Efeito Estufa - o que é, poluição ambiental
Gases Poluentes - definição, saiba o que são Gases Poluentes
Poluição do Ar - Poluição Atmosférica, gases poluentes, problemas
Protocolo de Kioto - O que é, objetivos, ações
Aquecimento Global - causas, efeito estufa, conseqüências
Gasolina - foto, aditivada, comum, saiba o que é Gasolina, combustível
Soluções para o Aquecimento Global
Saiba mais em:
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/dioxido_de_carbono.htm

Grã-Bretanha: dívida pública chegará a 59% do PIB em 2009

LONDRES, Reino Unido (AFP) - O ministro do Tesouro britânico, Alistair Darling, anunciou nesta quarta-feira que a dívida pública do Reino Unido subirá a 59% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009/2010 e a 68% em 2010/2011.
O anúncio de Darling, durante a apresentação ao Parlamento do orçamento para 2009-2010, reflete a grave deterioração da dívida pública britânica, que foi de 43,1% do PIB em 2008-2009.
Apesar destes números, Darling disse que a economia britânica retomará o caminho do crescimento no fim de 2009. Ele afirmou que a economia do Reino Unido voltará a crescer no fim deste ano e previu que em 2010 o crescimento será de 1,25%.
No entanto, o Produto Interno Bruto (PIB) da Grã-Bretanha registrará contração de 3,5% em 2009, segundo o ministro.
A previsão representa uma brutal mudança dos prognósticos anunciados pelo governo em novembro, quando a aposta era por um crescimento da economia de 0,75% a 1,25% em 2009.
Darling anunciou ainda um aumento dos impostos sobre o álcool de 2% a partir da meia-noite.
O aumento será acompanhado de um aumento do imposto sobre o tabaco, também de 2%, que entrará em vigor já às 18H00 locais desta quarta-feira (14H00 de Brasília), afirmou Darling, durante a apresentação ao Parlamento do próximo orçamento britânico.
http://www.abril.com.br/noticias/economia/gra-bretanha-divida-publica-chegara-59-pib-2009-365072.shtml

domingo, 19 de abril de 2009

Cúpula das Américas termina sem acordo sobre declaração finalEm Trinidad e Tobago

A 5ª Cúpula das Américas, celebrada em Trinidad e Tobago, chegou ao fim neste domingo sem que os 34 países presentes chegassem a um acordo unânime sobre a declaração final, anunciou o primeiro-ministro do país anfitrião, Patrick Manning.

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"A declaração em si não tem a completa aprovação dos 34 países presentes. Alguns deles manifestaram suas reservas", declarou o chefe de Governo no encerramento da reunião continental.

"O documento que emerge é um documento de compromisso, que recebeu a aprovação de alguns e a desaprovação de outros. Concordamos em adotar este documento, já que ao adotá-lo, reconhecemos que não há unanimidade e sim um grande consenso sobre estas questões importantes", completou Manning.

"O documento teve o consenso independentemente do matiz de que não foi unânime em todo o seu conteúdo", corroborou o presidente mexicano Felipe Calderón.

Países como Bolívia e Venezuela, integrantes da Alternativa Bolivariana das Américas (Alba), já haviam anunciado que não assinariam a declaração final, entre outros motivos por solidariedade a Cuba, que não é mencionada no texto, está excluída da Organização dos Estados Americanos (OEA) e submetida a um embargo americano desde 1962.

Manning explicou que desde que a declaração final começou a ser negociada até a celebração da Cúpula se passaram muitos meses e que foi difícil incorporar questões como a crise econômica.

O primeiro-ministro de Trinidad e Tobago comemorou ainda que as discussões da reunião tenham sido mais produtivas que o esperado. http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2009/04/19/ult34u221441.jhtm

sábado, 18 de abril de 2009

Eletrodoméstico fica até 14% mais barato

A partir de hoje, geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos deverão ficar mais baratos nas lojas de todo o país. Ontem, o governo federal anunciou a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre todos os itens da linha branca como uma medida para diminuir os efeitos da crise. Alguns produtos tiveram isenção.

Redução de IPI para geladeira sai no dia 22
Geladeira deve ficar isenta do IPI em três meses
Itens de construção têm redução de IPI
No entanto, ficaram de fora o freezer e o micro-ondas.

A medida, que deverá ser publicada no "Diário Oficial" da União de segunda-feira, terá validade de três meses.

A redução máxima anunciada é de 10%, mas algumas redes de lojas poderão baratear até 13,76% o valor das máquinas de lavar. Esse é o caso do Wal-Mart, que cobrava R$ 248 por uma lavadora semiautomática Colormaq, e, hoje, venderá a R$ 218.

No caso da máquina, a alíquota do IPI que incide sobre o valor vendido foi de 20% para 10%. Entre os itens que tiveram redução, esse era o mais tributado. Já o fogão, que tinha IPI de 5%, ficou isento, assim como o tanquinho. Já o imposto da geladeira caiu de 15% para 5%.

A rede Extra (lojas físicas e virtual), do Grupo Pão de Açúcar, também informou que vai repassar integralmente o desconto do imposto sobre todos os produtos de linha branca.

A partir de hoje, as lojas da Casas Bahia e o site www.casasbahia.com.br, assim como o Baú Crediário e o Carrefour, também já deverão estar com preços mais baixos. Porém, as redes não informaram como será o repasse do desconto aos consumidores.

No Magazine Luiza, cerca de 120 produtos deverão ter descontos com a nova medida. Os fogões e as máquinas de lavar poderão ficar até R$ 300 mais baratos. A queda de preço das geladeiras poderá chegar a R$ 500, de acordo com o valor do produto.

As redes também estão oferecendo promoções, como o aumento do prazo de pagamento para 18 meses (no caso do Carrefour) e bônus para compras de outros produtos nas lojas (no caso do Extra).

As redes varejistas também deverão ter, em breve, uma ajuda com uma linha de crédito para o setor.
http://www.agora.uol.com.br/grana/ult10105u552703.shtml

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Famílias madrugam em fila para casa mais barata

O posto da Cohab-SP (Companhia Metropolitana de Habitação), na região central, está recebendo cerca de 400 interessados diariamente para se cadastrar no programa "Minha casa, minha vida", do governo federal, que começou a valer na segunda-feira.

Para imóveis populares, de até R$ 52 mil, podem participar famílias que ganham até três mínimos (R$ 1.395).

Veja a página de classificados de imóveis da Folha Online

O movimento de inscrições na Cohab, antes do programa, era de cerca de 40 a 50 atendimentos. Já há 11.706 novos cadastros feitos desde o dia 26, um dia após o anúncio do pacote pelo presidente Lula.

De acordo com um funcionário que entrega as senhas aos interessados, há famílias que chegam de madrugada para fazer o cadastro. "É preciso que elas saibam que não é a ordem de cadastramento que garantirá a casa e, sim, uma análise dos dados da inscrição", disse Aleandro Lacerda Gonçalves, presidente da ABC (Associação Brasileira das Cohabs). O programa do governo federal não dará prioridade na fila em relação às famílias cadastradas antes --ou seja, a fila é a mesma.

Segundo Gonçalves, até o fim de maio, essa fase de cadastramento deverá ter terminado, quando, então, será possível as obras começarem.

A Cohab tem hoje 116 empreendimentos em São Paulo, totalizando 11.158 unidades habitacionais --no entanto, só 2.111 estão construídas e serão entregues. Outras 4.185 unidades são em parceria com empresas conveniadas, 1.164 estão em estudos, 724, em licitação de obras, 2.409, em obras e 565, em projetos.

Segundo a Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo, a maioria das unidades da Cohab atende ao programa de urbanização de favelas.

A construtora Tenda, especializada nos empreendimentos para baixa renda, já informou que a finalização da obra da casa poderá ser acelerada, de 15 meses para seis meses.

Sem casa, por enquanto

A maior dificuldade no caso de São Paulo é conseguir terrenos. "Não se pode fazer mais uma 'Cidade Ademar', é preciso que as casas sejam em local com infraestrutura, disse o secretário de Estado da Habitação, Lair Krähenbül. De acordo com ele, não haverá casas até que o governo defina mais claramente qual será a participação de Estados e municípios no programa.

O cadastro na capital, que está sendo feito pela Cohab, pode ser feito também pela internet. No www.cohab.sp.gov.br/demanda é possível se inscrever. Quem não tem acesso a computador poderá ir a uma subprefeitura acessar o site da Cohab de lá.

Famílias com idosos ou deficientes terão prioridade, assim como quem mora há mais de três anos no Estado. Solteiros podem ter mais dificuldade de serem chamados.

O CMN (Conselho Monetário Nacional) liberou R$ 5 bilhões para as construtoras que realizarem obras de infraestrutura em terrenos onde estarão as casas.

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Especial

Leia a cobertura completa sobre a crise dos EUA
Veja o que há em nossos arquivos sobre o plano de habitação
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PUBLIEDITORIALLIVRARIA DA FOLHA

PROMOÇÃO: ECONOMIZE ATÉ R$ 60 POR LIVRO!
IDIOMAS: Toda a série 15 minutos com 20% de DESCONTO! Aproveite!
PORTUGUÊS: Volp mostra como escrever 340 mil palavras na nova ortografia; economize 20%
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u552182.shtml

Crescimento da China cai para 6,1% no primeiro trimestre

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China teve de uma expansão de 6,1% no primeiro trimestre de 2009 em comparação ao mesmo período do ano passado, apontam números divulgados pelo governo do país nesta quinta-feira.

A economia chinesa havia crescido 10,6% nos primeiros três meses de2008 e o resultado atual denota um recuo de 4,5 pontos percentuais emrelação ao ano passado.

A expansão do PIB chinês somente neste ano totalizou cerca de US$ 939 bilhões, segundo Ma Jiantang, diretor do Escritório Nacional de Estatísticas.

O taxa de crescimento trimestral de 6,1% foi a menor observada desde 1992 e reflete o impacto da atual crise financeira mundial nas exportações chinesas.

Os dois principais parceiros comerciais da China são a União Europeia e os Estados Unidos, ambas regiões que registraram forte retração no consumo pela falta de crédito.

No contexto da crise mundial isso significou uma queda de 17% nas exportações chinesas somente em março.

Sem ter para quem vender, a China vem buscando fomentar o consumo doméstico para manter as indústrias aquecidas e assim conseguir cumprir a meta de crescimento de 8% para este ano.

Atingir esta meta - definida pelo Partido Comunista - é importante para que o nível de desemprego esteja sob controle e episódios de inquietação social, como protestos e greves, sejam evitados.

Desaceleração
No comunicado anunciando o resultado, o Escritório Nacional de Estatísticas disse que a economia chinesa está "sendo confrontada com a pressão da desaceleração".

Os níveis de Investimento Estrangeiro Direto (IED) são um importante fator no cálculo do crescimento do PIB chinês, que também retrocederam.

No primeiro trimestre de 2009 a entrada de capital de IED foi de 21,8 bilhões, cerca de 5,6 bilhões a menos que no ano passado.

Enquanto isso, a criação de novos empregos nas áreas metropolitanas também desacelerou. Nos dois primeiros meses do ano o total de novas vagas criadas foi de 1,62 milhões, cerca de 210 mil postos de trabalhos a menos do que no começo de 2008.

Virada
No entanto, a situação da China pode estar perto de uma virada, de acordo com o próprio governo.

Nos primeiros três meses, os rendimentos disponíveis para consumo per capitacresceram mais de 10% nas áreas urbanas e 8,6% na zona rural, o que resultou em alta de 15% nas vendas do comércio, totalizando US$ 430 bilhões.

Alem disso, a produção industrial aumentou 5,1% na média do trimestre, sendo que março, somente, marcou expansão de 8,3%.

O investimento em ativos industriais, como novos equipamentos e estoque, marcou alta de 28,6% em março, 2,1 pontos percentuais a mais do que a elevação de 26,5% de fevereiro.
"De maneira geral a economia mostrou mudanças positivas, com um desempenho melhor que o esperado", afirmou um comunicado do NBS.

"Nós devemos continuamente melhorar as políticas macro-econômicas e fazer esforço para realizar um crescimento robusto e acelerado", disse o órgão estatal.

Desde novembro do ano passado a China vem injetando na economia incentivos de um pacote no valor de US$ 585 bilhões para estimular o crescimento do PIB.
http://economia.uol.com.br/ultnot/bbc/2009/04/16/ult2283u1723.jhtm

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Gastos: brasileiro se mostrou mais cauteloso na Páscoa de 2009, diz Serasa

SÃO PAULO - Pesquisa da Serasa divulgada nesta segunda-feira (13) indicou que o consumidor brasileiro está mais cauteloso em suas compras de Páscoa, financiando em prazos mais curtos.

A compra a prazo já era aposta do comércio para a data comemorativa. A Pesquisa Serasa de Perspectiva Empresarial havia divulgado que 50% das compras da Páscoa deveriam ser feitas dessa maneira. No ano passado, eram 53%.

Preços

De acordo com os dados, além de comprar com mais cautela, o brasileiro ainda deixou de consumir na Páscoa de 2009, com os preços dos produtos importados mais caros, por conta da desvalorização do real.

Estimativa da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), havia revelado que os consumidores encontrariam os ovos de chocolate 8% mais caros nas prateleiras, em relação a 2008.

A pesquisa da Serasa ainda indicou que as incertezas em relação ao desemprego inibiram o brasileiro, que resolveu poupar na Páscoa para poder comprar bens de maior valor agregado durante a comemoração do Dia das Mães, que acontece no próximo mês.

Mudança de hábito

A Serasa identificou que nem mesmo as compras de última hora, que costumam estimular as vendas na Páscoa, conseguiram alavancar o comércio em 2009, caracterizado como ano de crise.

Os dados são do Indicador Serasa Experian do Nível de Atividade do Comércio, que tem como base uma amostra das consultas realizadas no banco de dados da Serasa. A empresa de pesquisas recebe cerca de 4 milhões de por dia.
http://economia.uol.com.br/ultnot/infomoney/2009/04/13/ult4040u18715.jhtm

sábado, 11 de abril de 2009

Cidade de L'Aquila, na Itália, perde parte da história em terremoto


http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM996738-7823-CIDADE+DE+LAQUILA+NA+ITALIA+PERDE+PARTE+DA+HISTORIA+EM+TERREMOTO,00.html

A cidade de Áquila, como toda a Itália, guarda, em suas ruas e prédios antigos cheios de história. Hoje estão em ruínas. Agora somente por fotos e filmes pode se apreciar a arquitetura religiosa com elementos renascentistas e barrocos.


Do século 16, havia o imponente Forte Spagnolo. Do século 13, da época da fundação da cidade, estavam as igrejas de San Bernardino di Siena e de Santa Maria di Collemaggio. Mais antigas são as ruínas da cidadela romana de Armiternum.



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Alguns locais, de tão charmosos, se transformaram em cenários de cinema. A Fonte Luminosa e o Castelo de Rocca Calascio aparecem no filme “Feitiço de Áquila”, sucesso dos anos 1980.



A cidade foi uma das locações onde se rodou um filme sobre uma série de assassinatos em um mosteiro: “O nome da rosa”, uma adaptação do best seller do escritor italiano Umberto Eco.

Áquila fica na região de Abruzzo, famosa pelas belezas naturais e pelo vinho Montepulciano d’Abruzzo. A cidade já foi devastada por oito terremotos através dos séculos.

http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1076026-16020,00-MONUMENTOS+HISTORICOS+DE+AQUILA+VIRAM+RUINAS.html

Crise não afeta as vendas de ovos de Páscoa

Os comerciantes se surpreendem com o sucesso na venda de ovos de Páscoa em meio à crise econômica. As vendas já aumentaram 5%.


No Brasil, a venda de bacalhau e outros peixes está em alta - e a de chocolate também. A Páscoa está fazendo com que os comerciantes destes produtos não sintam os efeitos da crise econômica mundial - como mostra o repórter José Roberto Burnier.

A sexta-feira é santa, mas pra eles, é como se fosse o Natal. Pra vender peixe, é o melhor dia do ano. No mercado municipal, fila pra todo lado. “Tá muito fácil, tão lindos”, afirma Maria Zélia, aposentada.

Quem ficou só assistindo foi o Seu Roberto, por motivos óbvios. “Não vendo peixe, só cabrito, leitão”, conta Roberto Vasquez, comerciante.

Dia do peixe, temporada do chocolate. E em tempos de problemas econômicos, muitos comerciantes apostaram que esta seria a Páscoa da crise. Apostaram errado. As vendas aumentaram em média 5% em relação ao ano passado, quando a economia estava - como se diz “bombando”.

Quem achou que ia vender pouco, encomendou menos chocolate. Uma loja teve que pedir reforço. Caminhões lotados de ovos desembarcaram de hora em hora. “Já estamos vendendo 15% acima do previsto”, avalia Alais Fonseca, gerente de marketing.

E não é pra menos. Muita gente saiu carregada. “Tem 24 ovos na caixa”, diz o homem.

Em outra loja, prateleiras quase vazias. “Este ano eu errei bastante. Tava esperando a Páscoa da crise”, observa Elaine Fontana, empresária.

Resultado: correria na linha de produção. “Cheguei a trabalhar de madrugada. Até as 3 da manhã e voltando as oito pra estar aqui”, conta a funcionária Edna Santana.

Mais vendas, mais trabalho, bom pra todo mundo.

“A crise pro chocolate não existe”, diz a empresária Elaine.

Quem agradece é Ashley. “Vou comer hoje”, conta Ashley Gomes, 5 anos.
http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1081391-10406,00-CRISE+NAO+AFETA+AS+VENDAS+DE+OVOS+DE+PASCOA.html

Apenas um terço dos contribuintes brasileiros declarou imposto de renda

O prazo de entrega vai até a meia-noite (horário de Brasília) de 30 de abril para quem vai usar a internet
O número de contribuintes que entregaram a declaração de Imposto de Renda Pessoa Física 2009 (IRPF 2009) chega a 7,8 milhões ou 31,2% do total de 25 milhões de documentos estimados para este ano.



O prazo de entrega vai até a meia-noite (horário de Brasília) de 30 de abril para quem vai usar a internet. Nos outros casos, o contribuinte terá que observar o horário de atendimento das agências bancárias ou dos Correios. Quem não enviar os dados dentro do prazo terá de pagar multa de R$ 165,74.



Este ano, a Receita Federal tem alertado os contribuintes para observarem com atenção o preenchimento da parte referente a pagamentos e doações. Ao informar os dados do pagamento, é importante demonstrar também quem foi o responsável pela referida despesa.



Estão obrigadas a declarar o Imposto de Renda as pessoas físicas que receberam em 2008 acima de R$ 16.473,72 em rendimentos tributáveis (que pagam impostos). Quem teve rendimentos não-tributáveis ou isentos de impostos acima de R$ 40 mil no ano passado também terá de acertar as contas com a Receita.



O envio da declaração é obrigatório, ainda, para sócios de empresas, pessoas físicas com patrimônio superior a R$ 80 mil (pelo valor de compra) em 31 de dezembro e para quem exerceu atividade rural e recebeu acima de R$ 82,5 mil em 2008.



Os programas para o preenchimento e a transmissão dos dados estão disponíveis na página da Receita na internet. O contribuinte também pode entregar a declaração em disquete nas agências do Banco do Brasil e em formulário de papel nas agências dos Correios.



(Agência Brasil)
http://www.tudoagora.com.br/noticia/17905/Apenas-um-terco-dos-contribuintes-brasileiros-declarou-Imposto-de-Renda.html

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O poder dos BRICs

Década de 2020 deve consolidar poder dos BRICs


De a cordo com , BBC Brasil em Londres



Crescimento acelerado pode fazer dos BRIC potências econômicas e políticas
Os anos 20 deste século podem marcar a consolidação do fortalecimento de países emergentes como potências econômicas e políticas, em um mundo cada vez mais multipolar. Segundo acadêmicos e instituições de pesquisa, os chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) serão peças-chave dessa nova ordem.

Para investigar que desafios cada país do BRIC terá pela frente, no caminho para se tornar uma potência em 2020, a BBC Brasil produziu uma série especial que começa a ser publicada nesta segunda-feira, reunido reportagens multimídia de nossos repórteres no Brasil e enviados especiais a Rússia, Índia e China.

Em 2020, com 3,14 bilhões de habitantes (40% da população mundial naquele ano, segundo projeções da ONU), eles devem chegar mais perto das economias do G-7, após terem crescido a taxas muito superiores às de nações ricas.

O National Intelligence Council, entidade do governo americano ligada a agências de inteligência, prevê que já em 2025 todo o sistema internacional - como foi construído após a Segunda Guerra Mundial - terá sido totalmente transformado.

"Novos atores - Brasil, Rússia, Índia e China - não apenas terão um assento à mesa da comunidade internacional, mas também trarão novos interesses e regras do jogo", afirma a instituição

"Muito provavelmente, por volta de 2020 vamos nos dar conta de que existe um equilíbrio muito maior no mundo em termos econômicos e políticos com o fortalecimento de países emergentes como China, Índia, Brasil e Rússia. Com um maior poder econômico, virá também um maior poder político e uma participação ativa desses países em organismos internacionais", disse à BBC Brasil Stepháne Garelli, professor da Universidade de Lausanne, na Suíça, e autor de um estudo que traça cenários para 2050.

Conceito complexo

O conceito de sistema multipolar é complexo e, ainda que boa parte dos analistas concorde que o mundo caminha para isso, o tempo que levará para que a China tenha voz no Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil tenha um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU ou o Banco Mundial seja dirigido por um russo ou indiano variam muito.

Mas a discussão já não se limita mais ao meio acadêmico. Diferentes aspectos do que pode vir a ser um mundo multilateral (ou multipolar) já começam a aparecer em discursos de autoridades que estão no centro do processo de tomada de decisões internacionais.

Um exemplo recente vem de Gordon Brown, o primeiro-ministro britânico, que, às vésperas do encontro do G-20, em Londres, declarou no Brasil que "o tempo em que poucas pessoas mandavam na economia acabou".

Também às vésperas do encontro, o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, disse em entrevista a uma TV francesa que "soluções globais supõem que a governança de instituições como o FMI seja mais legítima, mais democrática, com espaço para os países emergentes e pobres".

Reunião do G-20

A reunião do G-20, grupo que une países emergentes aos países-membros do G-8, pode ser vista como um sinal dessas mudanças. A voz dos emergentes no cenário de crise ganha especial relevância.

Segundo boa parte dos analistas ouvidos pela BBC Brasil, eles não apenas serão menos afetados do que os países desenvolvidos pela crise, como também podem se recuperar mais rapidamente.

Essa possível recuperação mais rápida se baseia em alguns pilares que serão também propulsores do crescimento de longo prazo.

"A situação das economias desses países é muito diferente. Mas, de maneira geral, os BRIC estão mais bem posicionados para a recuperação do que muitas outras economias", disse Markus Jaeger, responsável por análises de longo prazo no Deutsche Bank.

Para Alfredo Coutinho, analista mexicano da agência Moody's nos Estados Unidos, a crise revela ainda a vulnerabilidade das economias desenvolvidas e deixa clara a necessidade de equilíbrio na economia global.

"É uma oportunidade para as economias emergentes, que devem liderar a recuperação", disse Coutinho.

Crise

Em entrevista à BBC Brasil, Jim O'Neill, economista-chefe do Goldman & Sachs, que criou a sigla BRIC em 2001, prevê que a crise até mesmo acelere a escalada dos emergentes, e diz que já em 2020 a economia desses quatro países encoste nas dos países do G-7, o grupo das atuais nações mais ricas do mundo.

Não faltam céticos em relação à projeção de O'Neill. John Bowler, diretor do Serviço de Risco por País (CRS na sigla em inglês) da Economist Intelligence Unit é um deles.

"Acho que esse processo será mais demorado. Há uma série de obstáculos à confirmação dessas projeções tanto no campo econômico quanto político", disse Bowler.

Apesar das ressalvas feitas por muitos dos ouvidos pela BBC Brasil, o "otimismo" de O'Neill não é isolado.

Um relatório da consultoria Ernst&Young, Global Megatrends 2009, por exemplo, afirma que "a fome de crescimento, junto com a rápida industrialização das economias e populações em expansão, põe os emergentes no caminho da recuperação mais rapidamente, e os países do BRIC são claramente os atores principais".

Essa fome de crescimento vem, em parte, da nova classe média que tem revolucionado o consumo nesses países. Segundo o Banco Mundial, 400 milhões de pessoas se encaixavam nessa categoria em 2005 nos países em desenvolvimento. Em 2030, deverão ser 1,2 bilhão de pessoas.

"A classe média, principalmente dos países do BRIC, será o novo motor da economia mundial", prevê Stepháne Garelli, da Universidade de Lausane e diretor do índice de competitividade, publicado pelo Institute of Management Development, que avalia 61 países em 312 critérios.

"É uma classe média ávida por comprar seu primeiro carro, seu primeiro celular de última geração. Não é conservadora como a classe média do atual mundo rico. Ela quer 'comprar felicidade'", acrescentou.

Padrão de vida

O valor do PIB dará posição de destaque a esses países no ranking global de economias, mas não será suficiente para levar as populações desses países a padrões de vida próximos ao dos países hoje considerados ricos.

O PIB per capita da Índia, por exemplo, deverá praticamente dobrar num período de 15 anos até 2020, segundo um estudo do departamento de pesquisas do Deutsche Bank. Ainda assim, representará apenas 40% da renda per capita nos Estados Unidos.

De olho em indicadores como o PIB per capita, Françoise Nicolas, economista do Instituto Francês de Relações Internacionais, prevê a ascensão das "superpotências pobres".

"Será um mundo multipolar bizarro. Os BRIC serão superpotências pobres com mais peso econômico, mas o discurso ainda não estará no mesmo nível dos países ricos", prevê Nicolas.

Além da pobreza, esses países enfrentam outros desafios, como a proteção ao meio ambiente.

"Eles querem ter maior poder de decisão e, ao mesmo tempo, em certas questões como o meio ambiente, querem continuar a ser tratados como países emergentes, que não podem cumprir as mesmas exigências dos ricos", disse Thomas Klau, chefe do escritório de Paris do Council of Foreign Relations.
Silvia Salek *

*Colaboraram nesta reportagem: Bruno Garcez, da BBC Brasil em Washington, Daniela Fernandes, de Paris para a BBC Brasil, e Marina Wentzel, de Hong Kong para a BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090330_bricsabertura_ss.shtml

domingo, 5 de abril de 2009

Mais ovos do que nunca

Para conseguir chegar a um número recorde de ovos,
as empresas brasileiras começaram a planejar a Páscoa
há um ano – e não mudaram os planos nem mesmo
com a crise. Quem puxa as vendas é a classe C

Cíntia Borsato
A produção de ovos de Páscoa no Brasil atingiu neste ano uma marca jamais alcançada. Segundo estimativa da Abicab, associação que reúne 90% dos fabricantes de chocolate no país, 120 milhões de unidades chegaram ao mercado – 113 milhões fabricados pela indústria e outros 7 milhões confeccionados em fábricas menores, parte delas no mercado informal. Dados da Nestlé, uma das líderes do setor, são ainda mais vistosos: eles indicam uma produção de 160 milhões de ovos de chocolate. Tal volume exigiu das empresas uma verdadeira operação de guerra. Lacta, Nestlé e Garoto, que juntas respondem por 70% dos chocolates no país, começaram a planejar a Páscoa de 2009 uma semana depois da de 2008. A fabricação propriamente dita teve início seis meses atrás. Para executar a "Operação Páscoa", como já é conhecida a empreitada, foi preciso contratar, em regime temporário, algo como 25 000 funcionários. O empenho das empresas tem uma razão: em nenhum outro período do ano se vende tanto chocolate no país. Em 2008, faltou ovo nas lojas. O ritmo de vendas nos dias que antecederam a Páscoa foi doze vezes o do restante do ano. Na prática, significa que só os ovos representam hoje 25% de toda a receita da Lacta. A previsão é que o faturamento do setor nesta Páscoa seja de 830 milhões de reais – 7% mais do que em 2008. Isso mesmo com a crise e com o preço dos ovos, em média, 8% mais alto. Diz o consultor Eugenio Foganholo: "Os brasileiros não deixaram de consumir produtos que, embora supérfluos, têm preço acessível".
O principal motor para o crescimento nas vendas de ovos de chocolate, que se acentuou de dois anos para cá, deve-se ao aumento da classe C – para onde foram alçados, nos últimos dois anos, nada menos do que 23 milhões de brasileiros. Essas pessoas, que raramente compravam chocolate, adquiriram o hábito. Isso motivou a indústria a se adaptar, rapidamente, para atendê-las. A estratégia na Páscoa foi investir na produção de ovos menores (e mais baratos). A participação deles no mercado subiu 10% e já representa um terço do total. Apesar do valor mais baixo, esses ovos menores garantem algo que, na Páscoa, se torna ainda mais vital para as empresas: escala na produção. Só o fato de vender ovos aos milhões justifica produzi-los. Embora a indústria não divulgue números, sabe-se que as margens de lucro dos ovos de Páscoa são mais estreitas do que as obtidas com barras de chocolate comum. A fabricação consome 50% mais tempo, a embalagem é cara e o transporte deve ser feito a bordo de caminhões com sistema de climatização. Além disso, 3% dos ovos, em média, se quebram ou encalham nas prateleiras. Resume Alexandre Tadeu da Costa, presidente da Cacau Show, a maior rede de lojas especializadas em chocolate no país: "É difícil ganhar dinheiro com ovos de Páscoa. Só vendendo muito".
O Brasil é o quarto maior mercado consumidor de chocolates do mundo, depois de Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra. Isso ajuda a explicar o fato de o país ocupar, segundo levantamento da National Confectioners Association (a associação americana de fabricantes de balas e chocolates), a segunda posição global no ranking de vendas de ovos de Páscoa, atrás apenas da Inglaterra. Há, no entanto, um segundo fator que impulsiona a venda dos ovos de chocolate no Brasil, este cultural. A tradição de celebrar a Páscoa é antiga e arraigada no país. Entre os feriados católicos, a data só perde em popularidade para o Natal. Não é assim em toda parte. Nos Estados Unidos, por exemplo, o dia de Ação de Graças é mais festejado. A Páscoa brasileira, também por tradição, sempre inclui ovos de chocolate, o que não ocorre, na mesma medida, em outros lugares. Na Europa, é comum que os ovos sejam apenas decorativos. Nesse cenário, não parece exagero que as empresas brasileiras já tenham começado a planejar a Páscoa de 2010.

http://veja.abril.com.br/080409/p_092.shtml

Páscoa 2009 deve ter vendas de 113 milhões de ovos

Projeções da Abicab apontam para uma produção de 24 mil toneladas de chocolates, posicionando o Brasil como segundo maior produtor de ovos do mundo.


Alimento Seguro (04/03/2009) -- Segundo as avaliações da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), os fabricantes de chocolate terão muitos motivos para colher bons resultados na Páscoa 2009. A produção de ovos de chocolate terá um aumento de 4,8% em relação ao ano anterior, somando cerca de 24 mil toneladas (21 mil toneladas em ovos industriais e 3 mil de produção artesanal).

"A Páscoa é uma ocasião de confraternização e uma oportunidade para que as pessoas compartilhem momentos de felicidade, tanto ao ganhar quanto ao presentear com ovos de chocolate", afirma Luis Felipe Rego, vice-presidente da área de Comunicações da Abicab. "Essa é uma data importante na cultura brasileira, pois o que está à disposição é mais do que um simples produto: são verdadeiras possibilidades de demonstração de afeto que os consumidores levam para as pessoas que estimam. Os fabricantes estão atentos a essa necessidade e lançarão opções para os mais variados públicos, afinal, todo mundo sempre tem alguém para lembrar nesse dia", afirma.

Para 2009, a Associação estima um total de 113 milhões de unidades de ovos de chocolate. Este número é um dos responsáveis por manter o Brasil no segundo lugar no ranking mundial dos produtores de ovos, atrás apenas da Inglaterra. Serão comercializadas ao longo do ano, segundo as previsões da entidade, 329 mil toneladas (produtos de consumo continuado e ovos) de chocolate. Os ovos correspondem a 7% desse total.

Em relação aos preços, devem ficar em torno de 8% mais altos na comparação com 2008, levando-se em conta os níveis de inflação do período e os aumentos dos insumos mais importantes (cacau, leite e açúcar), embalagem e mão-de-obra. "Estamos falando de uma variedade muito grande de produtos e consumidores. Há ovos para todos os gostos e de vários tamanhos", acrescenta Luis Felipe. "O preço vai variar dependendo de fatores como público-alvo de cada loja, região, entre outros", afirma. O faturamento da indústria deve chegar a R$ 828 milhões, e segue a tendência da oferta de ovos médios (201 a 500 gramas), que devem representar 54% do volume produzido. No ano passado, esses ovos corresponderam a 56% da produção.

O Estado de São Paulo representa 45% do consumo de Páscoa. Em seguida vêm o Sul, com 20%; Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, com 18%; Norte e Nordeste, com 8% e Centro Oeste e Distrito Federal, com 9%.

Em 2008, bombons, tabletes e candy bars atingiram 300 mil toneladas, o que classifica o Brasil como o quarto maior produtor de chocolates no mundo, ficando logo após os Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra.

O consumo médio de chocolate per capita, no Brasil, é em torno de 2,5 quilos por habitante, com variações regionais. São Paulo, por exemplo, tem um consumo anual de 3,2 quilos, idêntico ao consumido pelos italianos.


fonte: Target Consultoria em Comunicação Empresarial

http://alimentoseguro.locaweb.com.br/noticias3982.asp?tipo_tabela=noticias&id=3982

sábado, 4 de abril de 2009

China recebe resultados do G20 com cautela

Geoff Dyer
Se Nicolas Sarkozy reivindicou crédito por grande parte do progresso na Cúpula do G20 e Barack Obama recebeu aplausos por sua hábil diplomacia, a China aprovou de forma mais cautelosa os resultados do encontro.

Na ausência do tipo de coletiva de imprensa presidencial que muitos países realizaram, as autoridades chinesas listaram na sexta-feira várias de suas realizações no encontro de cúpula em Londres, mas também reconheceram que algumas das principais prioridades da China não foram tratadas.

As autoridades disseram que ficaram satisfeitas com as reformas anunciadas no Fundo Monetário Internacional (FMI), que incluem o fim do monopólio europeu-americano na liderança do FMI e do Banco Mundial, assim como a prometida reforma do sistema de cotas para dar à China um peso maior nas decisões. Apesar de Gordon Brown, o primeiro-ministro do Reino Unido, ter dito que China injetaria US$ 40 bilhões nos cofres do FMI, as autoridades disseram que a contribuição da China ainda está sendo discutida.

De forma geral, se os números anunciados de empréstimos ao FMI e do estímulo ao financiamento do comércio se materializarem, os economistas disseram que isso poderia ser muito benéfico para a máquina de exportação da China.

"Dado que cerca de 30% do crescimento do PIB chinês nos últimos anos foi movido pela demanda externa, nós acreditamos que a China se beneficiará significativamente com estas medidas", disse Stephen Green, da Standard Chartered.

Apesar disso, algumas das questões mais importantes para a China viram pouco progresso no encontro de cúpula em Londres. O compromisso de evitar o protecionismo, um dos maiores temores da China, foi relativamente vago, e já tendo anunciado um grande plano de estímulo fiscal para os próximos dois anos, a China esperava por uma maior ação nesta frente por parte dos outros países.

A China sinalizou antes do encontro que deseja empregar mais seu peso nos assuntos econômicos internacionais, apesar de que ainda não estão claras quais serão as prioridades que a China defenderá. Mas a Cúpula de Londres deu algumas pistas.

A disputa em torno dos paraísos fiscais, que só acabou depois que Obama mediou um acordo entre a França e a China, ilustrou quão fortemente a China defenderá seu senso de soberania nas questões econômicas.

A China apoiou de forma geral o esforço do G20 de fortalecer a regulamentação financeira - o presidente Hu Jintao não teria problemas com a afirmação de Sarkozy de que os dias do "modelo anglo-saxão" acabaram. Entretanto, a China apoiou principalmente as medidas que reforçariam a regulamentação nos países ocidentais, como controles sobre os fundos hedge e agências de rating. A oposição de Hu à listagem dos paraísos fiscais, que incluiria críticas a Hong Kong e Macau, indica a relutância da China em ver um novo regulador internacional que possa influenciar seu próprio sistema financeiro.

Os diplomatas disseram que há outro fator. Tanto a China quanto a Índia, eles alegaram, temem que qualquer nova entidade internacional de vigilância financeira será dominada pela Europa e pelos Estados Unidos, da mesma forma que o FMI e o Banco Mundial.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/financial/http://noticias.uol.com.br/ultnot/financial/

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Entenda como a crise afeta cada país do G20

Membros do G20 Membros do G7 Nomes dos países


Como cada país vai chega à reunião de cúpula do G20 em Londres, marcada para abril.

Argentina | Austrália | Brasil | Canadá | China | França | Alemanha | Índia | Indonésia | Itália | Japão | México | Rússia


Arábia Saudita | África do Sul | Coreia do Sul | Turquia | Grã-Bretanha | Estados Unidos | União Europeia

ARGENTINA

Cristina Kirchner assumiu a Presidência em dezembro de 2007
A Argentina, uma das maiores economias da América do Sul, já enfrentava dificuldades econômicas mesmo antes do agravamento da crise financeira global.

Uma política de expansão entre 2002 e 2007 acabou provocando um superaquecimento da economia e alimentando a inflação. Ao mesmo tempo, a arrecadação de impostos diminuiu porque os produtos agrícolas exportados estavam alcançando preços mais baixos no mercado internacional. O governo respondeu à diminuição da arrecadação fiscal com o aumento dos impostos sobre a exportação - uma iniciativa que provocou uma onda de protestos de líderes rurais.

A presidente Cristina Kirchner, que tomou posse em dezembro de 2007, estatizou o sistema de previdência privada em novembro de 2008 para ajudar a cobrir o rombo nas finanças do governo.

Companhias privatizadas anteriormente também voltaram para o controle do Estado, como a companhia aérea Aerolineas Argentinas.


AUSTRÁLIA
A Austrália passou por um longo período de crescimento econômico estável desde sua última recessão, em 1991, beneficiando-se da expansão dos mercados da China e da Índia para suas matérias-primas. Mas sua economia, baseada em matérias-primas, vem enfrentando dificuldades desde que a crise financeira global se intensificou, em meados de 2008.


O premiê Kevin Rudd conta com altos índices de popularidade
As mineradoras australianas estão reduzindo investimentos, o número de funcionários, e arquivando projetos.

O governo do primeiro-ministro Kevin Rudd anunciou recentemente um pacote econômico de US$ 26,5 bilhões para estimular a economia, na tentativa de poupar o país da crise global.

Rudd ainda conta com um índice de popularidade alto pela forma como está lidando com a economia.


BRASIL
A maior economia da América Latina também é o maior exportador de produtos que vão de carne bovina e frango a suco de laranja e café. Mas a economia brasileira foi atingida pela queda drástica dos preços das commodities causada pela redução da demanda internacional. O real e as bolsas de valores sofreram com o desaquecimento da economia global, depois que investidores estrangeiros retiraram recursos que tinham no Brasil para cobrir prejuízos em seus países de origem.


Lula advertiu várias vezes contra a adoção de protecionismo
Durante a crise foi realizada uma fusão de dois bancos grandes - Itaú e Unibanco - e analistas acreditam que pode haver mais consolidações do tipo no setor.

o governo brasileiro criticou recentemente a cláusula de "Buy American" do pacote de estímulo econômico de US$ 787 bilhões do presidente Barack Obama. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os Estados Unidos e outros países desenvolvidos não devem recorrer ao protecionismo para enfrentar a crise.

CANADÁ
Graças ao Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), a saúde econômica do Canadá está intimamente ligada à dos Estados Unidos, para onde vão 75% dos produtos que exporta.


O governo de Stephen Harper aprovou um pacote de estímulo em fevereiro.
A debilitada indústria automobilística, por exemplo, tem apresentado problemas tanto para Ottawa quanto para Washington. Como resultado disso, o Canadá copiou várias táticas do governo dos Estados Unidos para lidar com a crise, como reduzir as taxas de juros e formular pacotes de estímulo. Nenhum dos dois países obteve muito sucesso até agora.

Mas o setor bancário e o mercado imobiliário estão em melhor estado no Canadá do que nos Estados Unidos, com um número muito menor de hipotecas de alto risco (subprime).

Em fevereiro, o Parlamento do Canadá aprovou um pacote de estímulo econômico no valor de US$ 32 bilhões.

A votação do pacote, contudo, causou uma crise política para o governo conservador, pois os partidos de oposição disseram que as medidas originais de estímulo eram insuficientes.

O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, acabou suspendendo o Parlamento por seis semanas para que o governo pudesse revisar os planos.



CHINA
A desaceleração da economia global não impediu que a China assumisse a posição de 3ª maior economia do mundo, que vinha sendo ocupada pela Alemanha. Mas o país foi afetado tanto a nível interno quanto externo.


O premiê Wen Jiabao diz que a crise pode criar novas oportunidades
As exportações chinesas foram duramente atingidas pela redução da demanda e milhões de imigrantes da zona rural acabaram tendo que voltar para seus vilarejos com o fechamento das fábricas que lhes ofereciam emprego.

O ministro do Comércio, Chen Deming, advertiu que a situação pode causar distúrbios sociais. Ao mesmo tempo, a diminuição da demanda da China por matérias-primas teve um impacto sobre as exportações de outros países. Isso acabou com a esperança de que mercados emergentes importantes poderiam contrabalançar a desaceleração da economia dos países desenvolvidos.

O primeiro-ministro Wen Jiabao disse recentemente que embora algumas empresas estejam fechando estão surgindo oportunidades para o desenvolvimento de novas companhias.


FRANÇA
Ao contrário da maioria dos outros países do G20, a França já viveu distúrbios sociais em consequência da crise econômica global.

Em janeiro, milhões de trabalhadores franceses tanto do setor público quanto do privado fizeram greve em protesto contra a forma como o governo estava lidando com a crise.


A ajuda prometida por Sarkozy à indústria automotiva irritou outros governos
Deste então, as autoridades anunciaram um plano de US$ 33,1 bilhões para revitalizar a economia.

A França não entrou oficialmente em recessão, mas há expectativa de que isso aconteça em 2009. O déficite comercial atingiu um recorde de US$ 71,4 bilhões em 2008.

O presidente Nicolas Sarkozy ganhou alguma popularidade entre os franceses por seus planos para oferecer apoio financeiro à indústria nacional, principalmente ao setor automotivo. Mas a iniciativa irritou outros governos europeus, que acusaram Sarkozy de protecionismo.


ALEMANHA

Angela Merkel: 'A Alemanha sairá da crise mais forte'
A economia da Alemanha, que responde por um terço do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, deve ter um ano difícil. O governo prevê que a economia vai encolher até 2,25% em 2009, no que seria o seu pior desempenho no período pós-2ª Guerra Mundial.

A notícia chocou muitos alemães, que se orgulham de sua responsabilidade fiscal. Eles acreditam que se comparam favoravelmente a britânicos e americanos, que são vistos como esbanjadores altamente endividados.

Mas a economia alemã é impulsionada pelas exportações e vinha se apoiando na demanda de outros países por seus produtos - uma demanda que desapareceu em função da crise.

Em fevereiro, o país aprovou um pacote de estímulo à economia no valor de US$ 63 bilhões, e a chanceler Angela Merkel disse que a Alemanha vai sair da crise econômica mais forte do que antes.

"Nós operamos partindo do princípio de que a Alemanha é forte e, portanto, pode lidar com esta situação econômica difícil", afirmou.


ÍNDIA
Sem dúvida, a economia da Índia foi afetada pela crise global. Dados oficiais mais recentes mostraram que sua economia cresceu menos do que o esperado no último trimestre de 2008.


O premiê Manmohan Singh enfrenta eleições gerais em abril
O Produto Interno Bruto (PIB) do país aumentou em 5,3% entre outubro e dezembro, em comparação ao índice de 7,6% registrado no trimestre anterior e 8,9% no mesmo período do ano anterior.

A agricultura, que responde por cerca de 20% da economia, foi um dos setores que tiveram o crescimento reduzido. Indústrias como o grupo Tata foram muito afetadas pela retração do crédito no mercado internacional e pela diminuição geral de gastos no âmbito global.

O governo do primeiro-ministro Manmohan Singh agora enfrenta eleições gerais, que começam em 16 de abril.

Singh espera que a promessa de perdão de dívidas no setor agrícola e um esquema para garantir empregos na zona rural contribuam para que ele consiga um segundo mandato.

INDONÉSIA

Yudhoyono enfrenta eleições presidenciais em julho
A globalização beneficiou muito a economia da Indonésia nos últimos anos. Com a grande expansão do setor manufatureiro para empresas multinacionais, a economia do país cresceu 6,1% em 2008.

Mas as empresas do Ocidente reduziram sua produção no final do ano e as exportações da Indonésia tiveram uma queda drástica no último trimestre de 2008. Para ajudar a levantar a economia, o governo do presidente Susilo Bambang Yudhoyono aprovou um pacote de estímulo fiscal no valor de US$ 6 bilhões. Mas, com uma dívida externa estimada em US$ 151,7 bilhões, o governo tem suas próprias preocupações financeiras.

Críticos do governo da Indonésia dizem também que o presidente não está fazendo o suficiente para combater a corrupção, que continua a afastar potenciais investidores.


ITÁLIA
A economia italiana, a 3ª maior da zona do euro, foi uma das primeiras em recessão. Ela encolheu durante três trimestres consecutivos. Nos últimos três meses de 2008, a retração foi de 1,8% - uma porcentagem até maior do que a registrada no segundo trimestre do ano, de 0,4%, e no terceiro trimestre, de 0,5%.


O governo de Silvio Berlusconi foi um dos primeiros a responder à crise
O país foi também um dos primeiros a aprovar um programa de estímulo à economia. Em novembro, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi aprovou um pacote de emergência de US$ 102 bilhões, que incluiu redução de impostos para as famílias mais pobres e projetos de obras públicas.

A Itália tem a 3ª maior dívida pública do mundo, e ela deve chegar a 110% do PIB este ano.


JAPÃO
O próprio governo do Japão admite que o país enfrenta sua pior crise econômica desde o fim da 2ª Guerra Mundial.

O desaquecimento da 2ª maior economia do mundo é mais acentuado do que o vivido nos Estados Unidos e na Europa, especialmente por causa da redução da demanda global por seus produtos - especialmente equipamentos eletrônicos e automóveis.


A impopularidade do premiê Taro Aso prejudica a aprovação de medidas
Os consumidores também estão deixando de gastar, alarmados com o aumento do desemprego. A economia contraiu 3,3% no último trimestre de 2008 - o pior desempenho desde a crise do petróleo na década de 70.

Além disso, em janeiro as exportações japonesas despencaram 45,7%, atingindo o nível mais baixo dos últimos dez anos.

O primeiro-ministro Taro Aso está tentando ver aprovado um pacote de estímulo à economia, mas analistas dizem que os esforços estão sendo prejudicados pela crescente impopularidade que ele vem sofrendo dentro de seu próprio partido, PLD (Partido Liberal Democrático).


MÉXICO
A economia mexicana está tão ligada à dos Estados Unidos que quando Wall Street espirra as empresas mexicanas podem acabar internadas na unidade de terapia intensiva.

O México exporta 85% de seus produtos para o vizinho americano por causa do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). Com isso, a economia mexicana fica à mercê da demanda dos Estados Unidos.



Felipe Calderón enfrentou manifestações contra sua política econômica
O país também se beneficia das remessas de dólares de trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos, mas esses recursos diminuíram pela primeira vez desde que começaram a ser registrados, em 1995.

Em janeiro, milhares de pessoas participaram de um ato público na Cidade do México para protestar contra a política econômica do governo do presidente Felipe Calderón.


RÚSSIA
A economia da Rússia está sofrendo os efeitos de uma queda drástica no preço do petróleo no mercado internacional.

O orçamento de 2009 deve apresentar deficite e analistas acreditam que o país está caminhando para a sua primeira recessão desde 1998.


Muitos acreditam que Medvedev não tem a palavra final no governo
O mercado de ações da Rússia registrou uma queda acentuada nos últimos meses e o banco central do país gastou bilhões de dólares para tentar dar sustentação ao rublo.

Já ocorreram distúrbios em Vladivostok, e a crise financeira reduziu a fortuna combinada dos dez russos mais ricos em 66% - o montante agora é de US$ 75,9 bilhões, de acordo com a revista especializada em negócios, Finans.

A percepção de que empresas estatais intimidam firmas estrangeiras para que elas cedam o controle de seus investimentos está desencorajando a entrada de capital externo na Rússia.

Há ainda um clima de cinismo generalizado em relação ao governo na Rússia. Muitos se perguntam se quem controla de fato o país - se é o presidente Dmitry Medvedev ou o primeiro-ministro e ex-presidente Vladimir Putin.


ARÁBIA SAUDITA

A Arábia Saudita é os único dos integrantes do G20 que também pertence à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), depois que a Indonésia se retirou do cartel no final de 2008.


O rei Abdullah substituiu o presidente do banco central saudita
A crise econômica global teve como consequência uma redução na demanda por energia, levando a uma queda, também, do preço do petróleo no mercado internacional, apesar das tentativas da Opep de diminuir a produção.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê agora que a Arábia Saudita e seus vizinhos terão déficites fiscais de até 3,1% do PIB em 2009 - uma queda acentuada em relação a um superávite de 22,8% do PIB em 2008.

O rei Abdullah substitui recentemente o presidente do banco central saudita em uma rara mudança na equipe de governo.


ÁFRICA DO SUL

A África do Sul possui a maior economia da África e é o único país do continente que integra o G20.

O país já foi atingido pela recessão global e, no último trimestre de 2008, a economia sul-africana encolheu pela primeira vez em dez anos. Entre outubro e dezembro a contração foi de 1,8% em relação ao trimestre anterior.

Assim como o Brasil, a África do Sul teme que a crise leve as nações ricas a aumentarem o protecionismo. Isso dificultaria ainda mais a entrada dos países em desenvolvimento em mercados importantes.


Kgalema Motlanthe fica na Presidência até as eleições de abril
O governo do presidente Kgalema Motlanthe, do Congresso Nacional Africano, continua a enfrentar os difíceis desafios de reduzir a pobreza e a criminalidade no país.

A África do Sul realiza eleições no dia 22 de abril.

COREIA DO SUL
Os governos da Coreia do Sul e dos países vizinhos temem que o desaquecimento da economia global possa levar a uma repetição da crise asiática de 1997-98.


Lee Myung-bak anunciou um pacote de estímulo no valor de US$ 10,9 bi
A economia sul-coreana encolheu 3,4% no último trimestre de 2008, em comparação ao ano anterior, e o presidente Lee Myung-bak advertiu que o país enfrenta uma "emergência econômica".

Em resposta a isso, o governo anunciou um pacote de estímulo no valor de US$ 10,9 bilhões, que inclui obras públicas e redução de impostos para encorajar o consumo.

Ao mesmo tempo, as taxas de juros baixaram, atingindo níveis recordes.

TURQUIA
Ao mesmo tempo em que tenta retomar seus esforços para entrar na União Europeia, a Turquia vem tentando usar sua resposta à crise como evidência de que sua política é de um país desenvolvido, e não de um mercado emergente.

Nos últimos três meses, o banco central turco reduziu as taxas de juros em 3,75%, embora a 13%, elas continuem altas para os padrões mundiais.


Erdogan quer reduzir a taxa de desemprego, hoje em 12%
A lira turca teve uma desvalorização de 25% frente ao dólar em 2008, e a produção industrial caiu 19% em dezembro. O país suspendeu conversações com o FMI em janeiro por divergências sobre os termos para a concessão de um empréstimo.

O governo do primeiro-ministro Tayyip Erdogan também está tentando reduzir o índice de desemprego, hoje em 12%.

GRÃ-BRETANHA
O FMI espera que a economia britânica encolha até 2,8% em 2009 - o pior índice entre as nações desenvolvidas.


Gordon Brown vem buscando uma ação coordenada global contra a crise
O Banco da Inglaterra reduziu a taxa de juros para 0,5% em uma tentativa de ajudar a economia britânica a sair da recessão. O desemprego atinge 1,97 milhões de pessoas - é o mais alto desde 1997.

Problemas no setor bancário levaram o governo a intervir em algumas das maiores instituições financeiras do país, como o Royal Bank of Scotland, em que o Estado tem participação hoje de 68%.


ESTADOS UNIDOS
Os problemas que englobam hoje as economias em várias partes do mundo começaram nos Estados Unidos, com crise de inadimplência no mercado de hipotecas de alto risco no país. As hipotecas foram inseridas em produtos financeiros vendidos a diversas instituições financeiras e acabaram se revelando ativos tóxicos.


Apesar das medidas de Obama, a situação econômica dos EUA piora
O Federal Reserve (o banco central americano) teve que reduzir a taxa de juros para quase zero para tentar restaurar a normalidade dos mercados de crédito, atingidos por uma crise de confiança. O novo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, anunciou uma parceria com o setor privado para comprar os ativos tóxicos, numa tentativa de tirá-los dos balanços dos bancos.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aprovou um pacote de estímulo à economia no valor de US$ 787 bilhões, mas o quadro está cada vez mais sombrio e o desemprego é o mais alto desde 1992.


UNIÃO EUROPEIA
Dezesseis dos 27 países-membros da União Europeia adotaram uma moeda única - o euro. O desempenho de cada economia varia bastante mas a zona do euro como um todo está em recessão desde setembro de 2008, e a previsão é de que ela encolha 1,9% em 2009.

O desemprego na zona do euro deve passar de 7,5% em 2008 para mais de 10% em 2010. A taxa de área está em 2% - a mais baixa desde dezembro de 2005. O país da União Europeia com pior desempenho econômico é a Letônia, que não pertence à zona do euro. O PIB letão pode ter uma redução de 10% este ano.

fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090304_g20_mapagd.shtml

Manifestação pré-G20 em Londres abre semana de protestos

Uma manifestação que reuniu dezenas de milhares de pessoas em Londres inaugurou o "circo" de protestos que a cidade espera ver armado para o encontro do G20, que terá lugar na capital britânica na próxima quinta-feira.
Cerca de 35 mil pessoas, na estimativa da polícia, caminharam mais de 6 quilômetros para pedir que os líderes dos 20 países desenvolvidos e em desenvolvimento que integram o grupo priorizem as preocupações do cidadão comum ao discutir as saídas para a crise global.
Mais de 150 organizações sindicais, ambientalistas, anti-guerra, de combate à pobreza e atuantes nos mais variados aspectos sociais engrossaram a marcha batizada de "Put People First" (Coloquem as Pessoas em Primeiro Lugar, em tradução livre).
Os manifestantes pedem criação de empregos, justiça social (ou melhor distribuição de riqueza) e medidas contra o aquecimento global (por acreditarem que o atual modelo econômico leva à destruição da natureza).
Entre a multidão que partiu do pier de Victoria, na margem norte do rio Tâmisa, estavam diversas crianças e pais com carrinhos de bebê.
Ao som de Manu Chao, batucadas e canções tradicionais, alem dos já esperados bordões e gritos de guerra, os manifestantes passaram por cartões-postais, como o Big Ben e a catedral de Westminster, e terminaram sua jornada com um comício seguido de apresentações musicais no Hyde Park.
Temor de distúrbios
Foi um início pacífico para a temporada de manifestações desta semana, que a polícia espera ser tensa. Nos últimos dias, a polícia anunciou ter cancelado as férias de todo seu pessoal e informou que seis forças distintas serão unificadas sob um só comando para melhorar a eficiência do patrulhamento.
Saiba mais em:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090328_g20protestoatualiza_pu_ac.shtml

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Londres receberá os lideres mundiais,entenda a cúpula

LONDRES – Em uma semana os líderes mundiais das economias desenvolvidas e emergentes, incluindo o G20 (grupo formado pelos países mais ricos e principais emergentes da comunidade global), e representantes de instituições financeiras internacionais se encontrarão em Londres.
• Direto de Londres: enviada especial acompanha o G20

Os objetivos da chamada Cúpula de Londres são ambiciosos e os organizadores sugerem que da mesa de debates podem sair grandes contribuições para a resolução da crise econômica mundial. Mas o que exatamente é a cúpula?
Em novembro do ano passado o G20 realizou seu primeiro encontro de chefes de Estado na Cúpula de Washington como resposta à crise financeira que atingiu o mundo em setembro do mesmo ano. No final daquele encontro os líderes participantes divulgaram a “Declaração de Washington”, que afirmava seu compromisso em tomar “qualquer ação necessária para estabilizar o sistema financeiro”. Um plano de ação também foi divulgado detalhando como eles pretendiam melhorar o sistema financeiro internacional.
A Cúpula de Londres é o prosseguimento daquele encontro, que aconteceu no enfraquecido período de transição presidencial nos Estados Unidos. Na capital britânica, os países se reunirão com o objetivo de “trabalhar de forma cooperativa para restaurar a estabilidade e estimular o crescimento da economia global”. No site do evento, os organizadores delineiam os seguintes objetivos:
• assegurar a recuperação da economia global - crescimento e empregos;
• delinear os contornos de um sistema financeiro fortalecido - com base no Plano de Ação de Washington;
• acordar os princípios, prioridades e processos para reformar as Instituições Financeiras Internacionais.

Agenda
No dia primeiro de abril, a Rainha Elizabeth II receberá os líderes participantes da cúpula para uma recepção no Palácio de Buckingham por volta das 18h. Depois disso, eles seguem para o número 10 da Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro, onde serão recebidos para um jantar por Gordon Brown e sua mulher, Sarah.
A cúpula acontece no dia 2, no centro de conferências ExCel no leste de Londres. Por volta das 8h, líderes mundiais, ministros financeiros e banqueiros participarão de debates separados durante o café da manhã. Depois disso haverá uma sessão plenária, que deve durar cerca de três horas.
Durante o almoço, as questões em pauta continuarão a ser discutidas separadamente por líderes, ministros financeiros e banqueiros centrais. Em seguida, todos se reúnem para uma última sessão plenária. Brown realizará uma última coletiva de imprensa, inicialmente marcada para às 16h.
Participantes
Refletindo a participação na Cúpula de Washington, Brown convidou os chefes de Estado ou representantes do governo dos seguintes países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Japão, Índia, Indonésia, Itália, México, República Tcheca (atual presidente da UE), Rússia e Turquia.
Para garantir equilíbrio regional, os presidentes da Nova Associação para o Desenvolvimento da África (Nepad), da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e da Comissão Europeia foram convidados. O presidente da Comissão da União Africana também comparecerá.
Além disso, o primeiro-ministro também convidou os líderes de instituições internacionais importantes, como as Nações Unidas, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, para que contribuam com partes relevantes da agenda.
Cada país recebe passes para 20 delegados. Cerca de 2.500 jornalistas foram credenciados para o evento e com a presença de guarda-costas, tradutores e outros oficiais, o número de presentes pode totalizar 3.500.
Decisões
Neste tipo de encontro, grande parte do trabalho é feito com antecedência. No caso da Cúpula de Londres, os ministros financeiros do G20 se encontraram no começo deste mês em Horsham, Inglaterra, onde anunciaram ter tomado “ações amplas, decisivas e coordenadas para aumentar a demanda e os empregos”. Em comunicado oficial, os ministros declararam que estão preparados para adotar qualquer medida necessária “até que o crescimento seja restaurado”.
As conclusões da Cúpula de Londres se basearão amplamente nos acordos feitos em Horsham.
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/03/27/londres+recebera+lideres+mundiais+entenda+a+cupula+5117929.html

Londres receberá os lideres mundiais,enteda a cúpula

LONDRES – Em uma semana os líderes mundiais das economias desenvolvidas e emergentes, incluindo o G20 (grupo formado pelos países mais ricos e principais emergentes da comunidade global), e representantes de instituições financeiras internacionais se encontrarão em Londres.
• Direto de Londres: enviada especial acompanha o G20

Os objetivos da chamada Cúpula de Londres são ambiciosos e os organizadores sugerem que da mesa de debates podem sair grandes contribuições para a resolução da crise econômica mundial. Mas o que exatamente é a cúpula?
Em novembro do ano passado o G20 realizou seu primeiro encontro de chefes de Estado na Cúpula de Washington como resposta à crise financeira que atingiu o mundo em setembro do mesmo ano. No final daquele encontro os líderes participantes divulgaram a “Declaração de Washington”, que afirmava seu compromisso em tomar “qualquer ação necessária para estabilizar o sistema financeiro”. Um plano de ação também foi divulgado detalhando como eles pretendiam melhorar o sistema financeiro internacional.
A Cúpula de Londres é o prosseguimento daquele encontro, que aconteceu no enfraquecido período de transição presidencial nos Estados Unidos. Na capital britânica, os países se reunirão com o objetivo de “trabalhar de forma cooperativa para restaurar a estabilidade e estimular o crescimento da economia global”. No site do evento, os organizadores delineiam os seguintes objetivos:
• assegurar a recuperação da economia global - crescimento e empregos;
• delinear os contornos de um sistema financeiro fortalecido - com base no Plano de Ação de Washington;
• acordar os princípios, prioridades e processos para reformar as Instituições Financeiras Internacionais.

Agenda
No dia primeiro de abril, a Rainha Elizabeth II receberá os líderes participantes da cúpula para uma recepção no Palácio de Buckingham por volta das 18h. Depois disso, eles seguem para o número 10 da Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro, onde serão recebidos para um jantar por Gordon Brown e sua mulher, Sarah.
A cúpula acontece no dia 2, no centro de conferências ExCel no leste de Londres. Por volta das 8h, líderes mundiais, ministros financeiros e banqueiros participarão de debates separados durante o café da manhã. Depois disso haverá uma sessão plenária, que deve durar cerca de três horas.
Durante o almoço, as questões em pauta continuarão a ser discutidas separadamente por líderes, ministros financeiros e banqueiros centrais. Em seguida, todos se reúnem para uma última sessão plenária. Brown realizará uma última coletiva de imprensa, inicialmente marcada para às 16h.
Participantes
Refletindo a participação na Cúpula de Washington, Brown convidou os chefes de Estado ou representantes do governo dos seguintes países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Japão, Índia, Indonésia, Itália, México, República Tcheca (atual presidente da UE), Rússia e Turquia.
Para garantir equilíbrio regional, os presidentes da Nova Associação para o Desenvolvimento da África (Nepad), da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e da Comissão Europeia foram convidados. O presidente da Comissão da União Africana também comparecerá.
Além disso, o primeiro-ministro também convidou os líderes de instituições internacionais importantes, como as Nações Unidas, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, para que contribuam com partes relevantes da agenda.
Cada país recebe passes para 20 delegados. Cerca de 2.500 jornalistas foram credenciados para o evento e com a presença de guarda-costas, tradutores e outros oficiais, o número de presentes pode totalizar 3.500.
Decisões
Neste tipo de encontro, grande parte do trabalho é feito com antecedência. No caso da Cúpula de Londres, os ministros financeiros do G20 se encontraram no começo deste mês em Horsham, Inglaterra, onde anunciaram ter tomado “ações amplas, decisivas e coordenadas para aumentar a demanda e os empregos”. Em comunicado oficial, os ministros declararam que estão preparados para adotar qualquer medida necessária “até que o crescimento seja restaurado”.
As conclusões da Cúpula de Londres se basearão amplamente nos acordos feitos em Horsham.
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