José Sarney nasceu em Pinheiro, no Maranhão, em 24 de abril de 1930, filho de Sarney de Araújo Costa e Kiola Ferreira de Araújo Costa. Em 1953, formou-se advogado pela Faculdade de Direito do Maranhão e casou-se com D.Marly Macieira Sarney.
Começou a sua carreira política em 1950, elegeu-se deputado federal em 55, e desde então exerceu diversos cargos políticos: foi senador, deputado, líder de partido, e o primeiro presidente a assumir após a ditadura militar, embora não tenha sido eleito pelo voto direto. Em 1985, era o vice-presidente da chapa que elegeu Tancredo Neves para a presidência. Com a morte de Tancredo, Sarney assumiu, embora algumas pessoas não acreditavam que ele seria a melhor opção em um momento como a redemocratização- Sarney havia presidido a Arena em 1979, partido de apoio à ditadura militar. É hoje o político mais antigo ainda em atividade no Congresso Nacional. Clã
Assim como Antonio Carlos Magalhães está para Bahia, José Sarney e família estão para o Maranhão. Ruas, túneis e hospitais levam o nome da família que tem uma relação íntima com a região. Afastado nos últimos anos do poder, após mais de cinco décadas de protagonismo na política no Maranhão, o clã Sarney se articula para voltar ao comando.
Ele é pai de Roseana Sarney, eleita governadora do Maranhão em 1994, de Sarney Filho, eleito deputado federal pelo Maranhão em 2002, e do empresário Fernando José Sarney. A família controla o conglomerado Sistema Mirante de Comunicações, dono de três retransmissoras de televisão (afiliadas à Rede Globo), seis emissoras de rádio e o jornal O Estado do Maranhão.
Depois de um breve abalo em 2006, quando Roseana Sarney (PMDB) perdeu a eleição para o governo do Estado, o clã está de volta com a provável escolha do patriarca para presidir, pela terceira vez, o Senado.
Para frustração dos inimigos, a vitória do clã pode vir em dose dupla. Embora tenha perdido a eleição de 2006, Roseana deve ser confirmada no cargo pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O governador eleito, Jackson Lago (PDT), está sendo julgado por abuso do poder econômico na eleição.
Na presidência do Senado...
Eleito duas vezes para a presidência do Senado, em 1995 e 2003, o senador José Sarney (PMDB-AP) fez promessas nos discursos de posse que não se concretizaram. Ele não conseguiu fazer as reformas política e tributária, que considerava "fundamentais". O parlamentar tenta agora se eleger pela terceira vez, disputando com o senador Tião Viana (PT-AC).
FHC, com quem se desentendeu nos dois últimos anos de gestão, prometeu no ato de posse fazer do Senado "uma alavanca de apoio para os projetos de reforma e de construção das esperanças" que levaram o tucano à Presidência. "Suas qualidades de político, de intelectual, de democrata o credenciam a nossa admiração e é nosso desejo ajudá-lo a ajudar o País."
Já para Lula, com quem ainda mantém boas relações, foi pródigo em elogios, a ponto de afirmar que a sua biografia era "uma referência do Brasil para o mundo democrático". "Referência de nossos avanços nas oportunidades de participar e decidir, de ascensão social, da força de trabalho", frisou. "O Senado será um dos pilares deste momento político e cumprirá sua missão histórica de harmonizar conflitos e buscar sempre e em tudo atender ao interesse político", prometeu.
Livros
Não é só de política que vive Sarney. Ele também é autor de crônicas, ensaios e três livros: O dono do mar, Saraminda e A Duquesa vale uma missa.
Em 1980, foi escolhido para a Academia Brasileira de Letras em 1980.
(Fontes: Agência Câmara, Agência Senado e arquivo/AE)
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac316869,0.htm
Olá, Ismaelita! Goste ou não dele, deve-se respeitá-lo por toda sua trajetória. Além disso, é um grande escrito e um imortal da Academia Brasileira de Letras.
ResponderExcluirAbraços
Francisco Castro
É uma vergonha esse elemento voltar a presidência do senado. Ele representa tudo de ruim na vida política. Devíamos estar de luto, e como resposta aos políticas que votaram nele, devíamos fazer um movimento para uma grande renovação do senado e na câmara. Um abraço. Drauzio Milagres.
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