África do Sul
Quatro grupos negros compõem cerca de 80% da população
Com cerca de 45 milhões de habitantes, a África do Sul é formada por grupos diversos. O país tem o segundo maior grupo de línguas oficiais: são 11 idiomas diferentes. A diversificação também toma conta da crença religiosa e da vida cultural da nação. Os negros são maioria e correspondem a cerca de 80% da população total, divididos em quatro grandes grupos étnicos. O principal deles é o nguni, que inclui os povos xhosa, zulu, swazi e ndebele - que juntos compõem mais da metade da população negra. Os sotho-tswana, os venda e os tsonga compõem o quadro.
Os brancos representam aproximadamente 10% do habitantes. Eles são divididos em dois grupos: os bôeres, falantes do africânder, em sua maioria descendentes de holandeses, alemãs e franceses; e os descendentes de colonos britânicos, falantes da língua inglesa. Os 10% restantes são mestiços, chamados de "coloured", cuja ancestralidade inclui uma miscigenação entre africanos, europeus e asiáticos.
Durante décadas ,a estrutura das cidades sul-africanas foi condicionada pela segregação racial: os bairros residenciais dos brancos ficavam próximos ao centro, e as cidades satélites eram habitadas por negros. Uma delas, Soweto, junto a Joanesburgo, tornou-se a maior aglomeração humana do país. A distribuição de empregos foi definida por várias leis durante a vigência do apartheid.
Os brancos assumiram os papéis de comerciantes, industriais ou proprietários agrícolas; aos negros sobrou a incumbência de realizar a mão-de-obra de mineradoras, fábricas e fazendas. Durante o apartheid, os negros foram proibidos de circular pelas zonas europeias, tendo acesso apenas aos locais de emprego, mediante apresentação do passaporte fornecido pelo Ministério do Trabalho, que fixava o número de negros para cada região. Expirado o contrato, eles deviam obrigatoriamente retornar à sua reserva tribal - muitos ainda têm uma vida seminômade nesses locais.
Devido à diversidade étnica, a África do Sul contém uma cultura muito vasta, que pode ser observada nas diferentes comidas típicas, na música, na dança e na paixão pelo esporte. Os primeiros artistas do país saíram do povoado San, que decorava suas cavernas com pinturas nas rochas e gravuras de animais.
Anualmente, no mês de julho, acontece o Festival de Artes Nacionais, em Grahamstown. O evento cresce a cada ano através dos quadros político, social e cultural, tornando-se uma importante influência de estilo nas artes e na cultura da África do Sul.
Outro exemplo da riqueza artística local é o kwaito, estilo musical que surgiu em Joanesburgo no início dos anos 90. O ritmo tem influência de gêneros modernos como o house, recursos como loops e contém melodias e percussões africanas, além de letras declamadas ou gritadas. As canções normalmente são feitas em línguas indígenas sul-africanas ou em inglês.
Saiba mais sobre este país em:
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/conheca_pais/africa-do-sul/contexto_sociedade.html
http://www.africadosul.org.br/
Dança da copa 2010
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