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domingo, 30 de agosto de 2009

Lula garante que receitas do petróleo irão para projectos sociais

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a defender hoje que os recursos obtidos com a exploração das recentes reservas de petróleo descobertas no litoral brasileiro sejam investidos em projectos sociais.

"Se pulverizarmos esse dinheiro, ele vai entrar no ralo do governo e não vai produzir nada", afirmou o presidente, em Brasília, ao defender que os recursos sejam direccionados para a educação, ciência, tecnologia e combate à pobreza.

"O Brasil precisa criar definitivamente a sua indústria petrolífera. Este país vai precisar de comprar navios, sondas, plataformas, este país tem que ter umas das mais modernas indústrias petrolíferas", afirmou.

Segunda-feira, Lula da Silva apresentará as novas regras para exploração futura de cerca de 70 por cento das reservas petrolíferas, em grandes profundidades, abaixo da camada de sal, na região Sudeste.

Os outros 30 por cento já foram entregues a empresas privadas, entre elas a Galp, por meio de concursos públicos, nos anos anteriores, e não haverá mudanças dos contratos.

Uma das mudanças propostas pelo governo para os novos contratos será a criação de um fundo, semelhante ao modelo da Noruega, encarregado de gerir os recursos obtidos e de investir em projectos sociais.

Situadas em bacias sedimentares de 150 milhões de anos, numa extensão de 800 quilómetros, as reservas brasileiras podem atingir até 80 mil milhões de barris de petróleo e gás, segundo informações oficiais.

Caso seja confirmado esse potencial de produção, o Brasil passaria a deter a sexta maior reserva mundial, depois da Arábia Saudita, Irão, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes Unidos.

No discurso de hoje, Lula da Silva disse ainda que o Brasil alcançará um bom crescimento, em 2010, e garantiu que não brincará com a estabilidade económica brasileira por ser um ano de eleição presidencial.

"Não se pense que vamos brincar com a política fiscal, com a inflação. Nao vamos permitir que este país sofra os retrocessos cíclicos que, historicamente, sofreu", salientou.

"Não se pense que a campanha política me fará fazer alguma coisa que, depois da eleição, quem ganhar seja prejudicado, porque não farei isso", afirmou o presidente.

fonte:

http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1398055

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