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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Branquinha (AL) devastada pelas chuvas

Entre as 26 cidades afetadas pelas enchentes em Alagoas, Branquinha, a 62 km de Maceió, apresenta um cenário de destruição bastante desolador. Com 12 mil habitantes, o município viu todos os seus prédios públicos e comércio serem inundados pelo rio Mundaú na última sexta-feira (19). Nas conversas informais pelas ruas, ouve-se constantemente a expressão de que o município praticamente "sumiu do mapa".

Mais vídeos sobre as tragédias provocadas pela chuva em 2010Se não bastassem os seis mortos, os 50 desaparecidos, os 4.300 desabrigados e as 800 casas destruídas ou danificadas, a população está sem energia elétrica e sem água potável há mais de 100 horas. Enquanto a maioria das outras cidades já pensa na reconstrução das casas, Branquinha, às margens do rio, pensa para onde vai.

A prefeita Renata Moraes reconhece que a destruição foi total e quer descartar a hipótese de uma reconstrução no mesmo local da tragédia. “Eu não tenho mais cidade. Ela foi devastada, se acabou. Branquinha como conhecemos é passado”, declarou.

A prefeita se refere especificamente à parte baixa, onde está o centro da cidade e existiam comércio, escolas, delegacia, posto de saúde, administração e todos os demais serviços básicos do município. “Não cometeremos o mesmo erro do passado. Com a ajuda do governo do Estado e federal, tenho fé que construiremos uma nova Branquinha na parte mais alta da região”, disse ela, ao lembrar da maior enchente que até então se tinha notícia na cidade em 1969.

Naquele ano, a região do Vale do Mundaú sofreu com as fortes chuvas, mas resistiu e ressurgiu no mesmo local. Acreditavam que a tragédia não se repetiria. Mesmo com a destruição à época, a população voltou à região afetada. A cheia foi presenciada por seu Amaro Coel, conhecido na cidade como “Gavião”. Aos 67 anos, ele lembra bem do que aconteceu em 1969 e é enfático: “comparado com este ano, aquilo foi fichinha”.

Mesmo tendo a experiência de conviver com a tragédia, Amaro resolveu continuar na cidade. “Eu nasci e cresci aqui. Tenho um ponto comercial, onde meu filho tem um negócio próprio. Então, não dá para sair e deixar ele para trás”, justificou. Ele lamenta ao lembrar conhecidos que morreram na cidade, e é taxativo ao afirmar que, “se a enchente tivesse sido à noite, tinha matado todos na cidade”.

Além de perder casa e pertences, as vítimas ainda tentam fechar as portas para conter uma onda de saques. É o caso da dona-de-casa Gedilsa Silva, 42. No imóvel onde residiam três famílias, ela ainda vasculha os escombros. “Eu me pergunto o porquê de fechar este portão [da casa onde morava, parcialmente destruída]. Mas isso é o mínimo que eu posso fazer”, explicou.
continua:

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/06/23/sem-nenhum-predio-publico-de-pe-branquinha-al-ja-planeja-mudar-de-local.jhtm

2 comentários:

  1. Amiga Isma, é lamentável vermos essas notícias, pois ficamos impotentes diante dessas situações de calamidade. Parabéns pela postagem. Abraços. Roniel.

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  2. É lastimável quando acontecem essas tragédias climáticas, pois os homens até nesses momentos mostram sua parte animal e ao invés de solidários mostram-se abutres aproveitadores, que Deus tenha piedade dos homens.
    Abraços forte

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