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sábado, 13 de junho de 2009

CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO

Uma das áreas mais conflituosas do planeta, com guerras desencadeadas pelas mais diversas razões, o Oriente Médio compreende uma região de cerca de 15 países localizados a leste e sul do Mar Mediterrâneo, alguns deles são: Irã, Iraque, Israel, Palestina, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Líbano, Turquia e Jordânia.

Ao todo são cerca de 270 milhões de habitantes que possuem uma grande diversidade cultural, religiosa e étnica, fonte de grande parte dos conflitos da região. Além disso, o Oriente Médio possui uma das maiores jazidas de petróleo e gás do mundo (chega a abrigar cerca de dois terços das reservas do planeta), o que há muito desperta a cobiça das grandes potências mundiais.


ORIGENS HISTÓRICAS DOS CONFLITOS

No início do século XX, com a descoberta e a valorização do petróleo, países europeus, interessados nas jazidas do Oriente Médio, promoveram a partilha asiática dividindo o território entre França e Inglaterra. Por volta de 1926, cerca de 90% da produção mundial ficou sob o domínio de um cartel formado por sete companhias petroleiras internacionais conhecidas como “Sete Irmãs” (cinco delas eram norte-americanas). Desde então, mesmo com a retomada de parte do controle sobre o petróleo por parte dos países árabes, sucessivas crises e conflitos em torno dos preços e do domínio sobre o produto marcaram a região.

Muitos historiados ainda relacionam a ocorrência dos conflitos em grande parte à forma como foi realizada a partilha franco-britânica, que acabou por influenciar a divisão geopolítica da região sem o devido respeito às fronteiras étnicas e religiosas pré-existentes.

Uma das marcas dos sistemas de governo dos Estados do Oriente Médio que contribuem para a eclosão de conflitos é a sua fragilidade. A maioria deles, recentemente formados, enfrenta ameaças de fragmentação em virtude de conflitos sociais. Internamente, a base do poder em muitos Estados está relacionada com grupos locais e familiares, que seguem o sistema de dinastias, ou mesmo por grupos religiosos.

Em 1948 foi criado o Estado de Israel, formado por judeus, ocupando-se o território que historicamente pertencia à Palestina, gerando uma guerra entre árabes e israelenses, além do deslocamento de milhares de árabes e palestinos de suas casas. Os conflitos entre os povos do Oriente Médio voltaram a eclodir em outras ocasiões. Dentre elas, destacam-se a Guerra dos Seis Dias (1967), relacionada à expansão do Estado de Israel, que acarretou o desalojamento de 500 mil palestinos; a Guerra do Yom Kippur (1973), em que Egito e Síria, no feriado israelense sagrado do Yom Kippur, tentaram surpreender Israel para retomar as regiões tomadas na guerra anterior; a Guerra do Líbano (1982), uma invasão de Israel ao território libanês para atacar os palestinos que lá viviam; a Guerra Irã X Iraque (1980-1988), em que tropas Iraquianas comandadas por Saddam Hussein invadiram o território do Irã com o apoio dos EUA. Além destas, inúmeras outras guerras ocorreram com base na disputa por territórios e no poder sobre o petróleo e nas disputas religiosas.

A DIVERSIDADE DOS POVOS

Os povos do Oriente Médio são basicamente árabes, turcos, persas, judeus e curdos, sendo que a maioria da população é adepta do Islamismo, religião que se fundamenta nas revelações do profeta Maomé.

Sunitas e xiitas: Após a morte do profeta, um Cisma foi criado dividindo os fiéis em dois grupos: os sunitas e os xiitas, que divergem quanto à ascendência do povo muçulmano. Os xiitas crêem que após a morte do profeta, apenas o seu primo e genro Ali seria seu sucessor legítimo, sendo o primeiro califa muçulmano, cujos descendentes (também parentes do profeta) teria originado o povo da região. Os sunitas, considerados mais ortodoxos, crêem na legitimidade dos quatro califados que sucederam o profeta e em seus ensinamentos, nem todos parentes de Maomé, que teriam dado origem ao povo. Também diferem quanto à vinculação do líder político à religião: para os xiitas, o líder político deve ser um enviado de Deus, enquanto os sunitas não fazem esta ligação.

No Oriente Médio, a grande maioria da população é sunita (mais de 85%), mas em algumas regiões, como o Iraque, a maioria é de xiitas (entre 60 e 65% da população). As divergências entre os dois grupos marcaram toda a história do Oriente Médio depois do Cisma, mas nos últimos tempos gerou a caracterização de um estado de guerra civil.

Os Curdos: São um grupo étnico originário da região do Curdistão, hoje dividida entre Iraque, Irã, Síria e Turquia, formado por cerca de 25 milhões de indivíduos, que representa o maior grupo étnico sem Estado no mundo. Sofreram enorme repressão durante as últimas décadas no regime ditatorial de Saddam Hussein. Após a derrubada do regime, ganharam maior autonomia e reivindicam a criação de um estado próprio.

A INTERFERÊNCIA NORTE AMERICANA

Dentre os diversos fatores que condicionaram o recente aumento dos conflitos noOriente Médio, está a política norte americana perante a região. Com base na idéia de que os EUA, enquanto superpotência mundial, têm o dever e o direito de proteger o mundo da ação terrorista, o governo Bush, sobretudo após os atentados de 11 de setembro de 2001, tem adotado uma política de ataques preventivos contra um suposto “eixo do mal” (seria formado pelo Irã, Iraque e Coréia do Norte).

A postura norte americana compreende a tomada de decisões unilateralmente, ou seja, sem a consulta aos organismos multilaterais como a ONU. Um típico exemplo desta postura foi a invasão ao Iraque em 2003, que foi baseada na idéia de guerra preventiva e acentuou inúmeros problemas já existentes.

PRINCIPAIS CONFLITOS

Em linhas gerais, quatro são os principais pontos de tensão envolvendo o oriente médio e, consequentemente toda a comunidade mundial. São eles:

Israel e Palestinos
As tensões criadas desde a fundação do Estado de Israel, em 1948, acarretam ainda hoje ameaças de cisão no território, que já está parcialmente dividido por regiões descontínuas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Atualmente, há um novo conflito na região entre os dois principais grupos palestinos. De um lado, o Fatah (favorável ao entendimento com os israelenses) e Hamas (organização mais radical que sustenta a destruição de Israel). As divergências entre as duas facções chegaram ao conflito armado, que resultou na divisão do território; atualmente, o Fatah domina a região da Cisjordânia, enquanto o Hamas controla a Faixa de Gaza.

Ocupação do Iraque
Dede 2003, a coalizão comandada pelos EUA e pelo Reino Unido ocupou a região, que atualmente vivencia uma situação de guerra civil entre sunitas e xiitas, com conflitos e atentados suicidas quase diariamente. Há a estimativas de que, desde 2006, ocorram por mês 3 mil mortes causadas pela violência. A situação dos refugiados no Iraque, segundo dados da ONU, já representa um deslocamento de pessoas maior que o desalojamento dos palestinos quando da criação do Estado de Israel.

Os xiitas, minoria entre os muçulmanos, mas maioria no Iraque, foram muito oprimidos durante o regime ditatorial de Saddam (1979-2003). No pós-guerra iraquiano, tanto sunitas quanto xiitas tentam controlar o poder, os primeiros querem retomar o domínio sobre a região e impedir que a ocupação dos EUA reduza a influência sunita, enquanto os segundos querem revidar os tantos anos de humilhações e agressões sofridas.

A derrubada do regime de Saddam Hussein pelo governo norte-americano, teria a finalidade de instaurar um regime democrático na região, mas inúmeros obstáculos podem surgir, inclusive relacionados à própria cultura local que não está familiarizada com a dissociação entre Estado e Religião.

Irã e suspeitas de ameaça nuclear
A república islâmica do Irã sofre pressões por parte da ONU para que interrompa o seu programa de enriquecimento de urânio, processo que, se realizado com finalidade pacífica, está em conformidade com as normas e tratados internacionais. Se por um lado o governo iraniano garante que o processo é realizado para fins pacíficos, por outro, as grandes potências mundiais desconfiam e temem que a real finalidade seja a construção de armas atômicas.

Tensões entre Síria e Líbano
Líbano e Síria estiveram por muito tempo ligados; compunham juntos o Império Turco-Otomano, passando a pertencer à França após a Primeira Guerra mundial, quando foram administrativamente separados. A Síria dominou o Líbano por 30 anos e atualmente é acusada de sustentar o Hezbollah, partido político islâmico devidamente legalizado no Líbano, como uma forma de interferir na política libanesa.

Em 2006, o Líbano sofreu um ataque violento por parte de Israel, visando atingir o, Hezbollah que é visto pelos EUA e por Israel como um grupo terrorista. Para os EUA, também o Irã estaria ligado à organização terrorista apoiando o Hezbollah.



http://www.portaltosabendo.com.br/assuntos_enem/visualizar/conflitos_no_oriente_medio.wsa

17 comentários:

  1. Adorei o artigo!
    De boa compreensão para a população que esteja interressada em esta atento com as questões da atualidade.

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  2. muito legal! obrigado pelas informações,deu pra compreender as ídeias.

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  3. me ajudou muito no meu trabalho de geografia..parabéns !!!!

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  4. Me ajudou na tarefa de casa de geografia.
    Legal!!!

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  5. Me ajudou muito no trabalho de geografia! Obrigada!

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  6. me ajudou muito no trabalho de historia

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  7. ótimo, bem explicativo,e texto não cansativo.

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  8. parabens a explicaçoes é muitp boa!!!!

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  9. Governantes perverso. Só uma pergunta sobre conflitos.É necessàrio provocar uma guerra que atingi inocentes? Sendo que com um pouco de tàtica e inteligência, pode-se expurgar os causadores, sem sacrificar crianças, idosos, e muitos que querem a Paz.

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  10. Leticia:
    Interessante e legal. você esta de parabens

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  11. muito bem explicaado adoorei
    assim fiica mais facil faazer os trabalhoos'
    ;D

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  12. Parabens muito bem explicado.
    Nota: 1000000000000000

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  13. Muito bom, me ajudou no meu trabalho sobre o Oriente Médio.
    Parabénss

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  14. ha gostei muito de pesquizar aqui e mais rapido e mais bem nexplicado!!!!!
    valeu nota 90000

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  15. me ajudou a ter bastante trabalho.
    PARABÊNS!!!!!!!

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