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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Greve geral grega termina com três mortos

 A capital grega viveu um dia de violência, com milhares de pessoas a protestar contra as anunciadas medidas de austeridade. As três vítimas mortais, duas mulheres e um homem, foram atingidas nas instalações de um banco em Atenas. Não se sabe ainda se morreram sufocados ou queimados pelos explosivos atirados pelos manifestantes.


Os manifestantes gregos não aceitam o plano de salvação da economia e culpam os governantes por terem mentido sobre a situação económica do país. A greve geral fora convocada para combater o pacote de medidas de austeridade apresentado ao parlamento pelo Governo, como contrapartida para a ajuda da União Europeia e do FMI, no montante de 110 mil milhões de euros.


Entre essas medidas, era especialmente posto em causa o corte do 13º e do 14º mês e o aumento da idade de reforma.

Citado pela cadeia de televisão qatariana Al Jazeera, o dirigente sindical Spyros Papaspyros afirmava que "há muitas outras coisas que [o governo] pode fazer antes de ir tirar dinheiro a um reformado que ganhe 660 euros por mês"


A manifestação foi a maior desde o ano passado e terá mobilizado, consoante os cálculos, entre 27.000 e 40.000 trabalhadores. Os manifestantes gritavam "Não se metam connosco" ao longo do seu percurso.


Os bancos e as repartições de finanças foram alguns dos edifícios escolhidos para ataques pela ala mais radical e violenta dos manifestantes. Cocktails molotov foram atirados até contra a polícia, que respondeu com granadas de gás lacrimogéneo e pimenta.

Devido a esta onda de violência, a polícia de Atenas foi colocada em "estado de alerta geral".

Georges Papandreou repudia actos homicidas

Na capital da Grécia viveram-se hoje situações de vandalismo por parte de manifestantes que foram para a rua encapuzados, de forma a dificultarem a identificação policial.

No Parlamento o primeiro-ministro Georges Papandreou falou de actos homicidas. Papandreou considerou também que o que está a acontecer no país revela bem onde podem conduzir as governações irresponsáveis do passado. Do exterior, manifestantes chamaram ladrões aos deputados.

É contra a classe política em geral que os gregos se revoltam, considerando que a factura da crise vai ser paga maioritariamente pela classe média num país onde a fuga ao fisco é considerável e a corrupção substancial.

Cortes drásticos

Para evitar a bancarrota a Grécia anunciou redução dos gastos do Estado, entre as quais as pensões e aumento dos impostos, mas os funcionários públicos rejeitam as medidas que deverão ser aprovadas pelo Parlamento grego no final da semana.

Na Europa a situação está ser encarada com receio e apreensão, mas na Zona Euro é difícil dizer que o buraco orçamental grego era desconhecido. Os gregos mascararam os números e o Estado continuou a gastar.


Esse é um dos entraves em análise no Parlamento alemão, com boa parte da opinião pública a não concordar com a ajuda à Grécia.

A chanceler Angela Merkel tenta por isso convencer os deputados com o argumento de que é a Europa que está em jogo.


Se o pacote de ajuda for aprovado, a Alemanha paga a fatia de leão à Grécia, um país que poderá estar durante as próximas semanas em constante greve geral, com a rejeição dos gregos à austeridade que se avizinha.

http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t=Greve-geral-grega-termina-com-tres-mortos.rtp&article=341839&layout=10&visual=3&tm=7

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http://www.fxclub.com.pt/forum/showthread.php?t=5414

Um comentário:

  1. é Isma, e eu que já morei por aquelas bandas, eu sei todos os podres e a beleza desses lugares.
    Brasileiro acha q miséria e coisa ruim , só tem aqui no Brasil. Tem que conhecer outros horizontes para ver como a situaçao é igual.
    abçs

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