Relatório divulgado hoje (20) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirma que o Brasil apresenta grandes avanços em relação à sobrevivência de crianças.
De acordo com os dados, o país faz parte do grupo de 25 nações em meio a 196 analisadas que mais avançaram na redução da mortalidade de menores de 5 anos. A queda, desde 1990, chegou a 61% no ano passado, atingindo a marca de 22 mortes para cada mil nascidos vivos.
A mortalidade de crianças menores de 1 ano, segundo o relatório, segue a mesma tendência e registra 18 óbitos para cada mil nascidos vivos uma redução de 60%. Para a coordenadora do Programa de Sobrevivência e Desenvolvimento Infantil do Unicef, Cristina Albuquerque, não há dúvidas de que o Brasil tem muito o que comemorar. Ela avaliou a queda em índices como o da mortalidade infantil como uma vitória enorme se considerada a dimensão do país. Cristina citou avanços também na redução da desnutrição em crianças menores de 2 anos de 2000 a 2008, o índice caiu 77%.
Outro destaque trata do acesso à escola já que, em 2001, 920 mil crianças em idade escolar estavam fora das salas de aula. No ano passado, o número passou para 570 mil. O relatório do Unicef, feito em comemoração aos 20 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança, destaca o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) como uma legislação detalhada sobre os direitos da infância. Questionada sobre as críticas feitas à implementação das leis, Cristina lembrou que o ECA nasceu praticamente com a convenção e incorpora todas as diretrizes, os princípios e as inovações do tratado.
Por se tratar de uma legislação avançada e feita para provocar mudanças, ela acredita que as alterações práticas ainda vão levar tempo. O maior desafio não é a lei. O Brasil tem um histórico de desigualdade e, portanto, é fazer cumprir essa lei.
Outro desafio é criar um sistema de garantia de direitos mais fortalecido para que os atores que trabalham na área de proteção e prevenção possam atuar de forma mais harmônica e coordenada. Já em relação às políticas públicas adotadas pelo país para reduzir as disparidades sociais, o relatório aponta o programa Bolsa Família como referência no combate à pobreza.
Para Cristina, a iniciativa representa um exemplo para o mundo inteiro nos quesitos redução da vulnerabilidade e melhor qualidade de vida. Ela avaliou, entretanto, que o programa precisa ser aperfeiçoado, com avanços de políticas públicas nos municípios e melhor qualidade da educação.
O país vive um excelente momento, mas, além de celebrar, temos que refletir sobre os desafios, disse ..
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Ismaelita,
ResponderExcluirJá estava mais do que na hora de se tomar uma providência eficaz para que esse índice fosse reduzido.
Excelente matéria.
Bjs.
Rosana.
Que bom... Tenho muita pena dessas criancinhas que já nascem sem a menor chance.
ResponderExcluirCerto!! Mas isso é a média do país, já que enquanto o sul e sudeste enriquecem mais e o centro-oeste tbm, o sertão nordestino, apenas com o tal boçsa-escola não tem avançado muito, e o ritmo de crescimento demográfico lá salta aos olhos.....
ResponderExcluirIsso só ressalta mais ainda a distância monumental entre o sul-sudeste e o nordeste!!
Abçs!!
Nem sempre podemos comemorar boas notícias, esperamos que estes resultados sejam estimulos para que todos prossigam com ações que venha ainda a melhorar muito mais estes indices.
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