Seguidores

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Entenda a onda de ataques no Rio de Janeiro

Desde o dia 21 de novembro, ataques e incêndios em veículos assustam motoristas e moradores do Rio. Para as autoridades de segurança, as ações são uma retaliação dos traficantes contra a instalação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) nos morros e favelas.


Criadas há dois anos, as UPPs são centros de ocupação permanente da Polícia Militar instalados em favelas antes dominadas pelo tráfico e pela milícia.



Um dia após o início dos ataques, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, ligaram a série de ataques à política de ocupação de favelas pelas UPPs e à transferência de presos para presídios federais. Beltrame não descartou novos ataques de "traficantes emburrados" e afirmou que o Rio não mudará a política de segurança pública.




Criadas há dois anos, as UPPs são centros de ocupação permanente da Polícia Militar instalados em favelas antes dominadas pelo tráfico e pela milícia.

Um dia após o início dos ataques, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, ligaram a série de ataques à política de ocupação de favelas pelas UPPs e à transferência de presos para presídios federais. Beltrame não descartou novos ataques de "traficantes emburrados" e afirmou que o Rio não mudará a política de segurança pública.

Na ocasião, o comandante-geral da Polícia Militar do Rio, atribuiu a onda de violência a uma ação orquestrada por uma única facção criminosa com objetivo de causar medo na população e de desacreditar a política de segurança pública do Estado. Ele não citou o nome, mas se referia ao Comando Vermelho.

Sergio Moraes/Reuters

Ônibus é incendiado durante série de ataques no Rio de Janeiro; veja outras imagens

Para tentar conter a articulação de líderes de facções criminosas, Beltrame pediu na terça-feira ao Tribunal de Justiça a transferência de pelo menos oito presos para presídios federais.

Uma investigação da polícia do Rio aponta também para uma articulação entre traficantes de duas facções criminosas rivais para uma eventual mega-ação de confronto para o sábado, dia 27.

Nas conversas entre traficantes interceptadas pela polícia aparecem sugestões de atirar contra as sedes dos governos estadual e municipal e lançar explosivos em áreas de grande aglomeração, como shopping centers na zona sul e pontos de ônibus.

O policiamento nas ruas foi reforçado, com os agentes colocados em estado de alerta, e operações foram deflagradas para impedir que o confronto se materialize. As ações policiais, realizadas em diferentes localidades, resultaram em confrontos e mortes.

Entre as vítimas está a estudante Rosângela Barbosa Alves, 14, baleada durante confronto entre PM e traficantes na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, zona norte do Rio. Atingida nas costas, a menina chegou a ser levada a um hospital, mas não resistiu. "Essa é a polícia que vocês querem! Só sobe no morro para matar inocente pobre, parabéns", gritou, indignado, o pai da menina, que não se identificou aos policiais que estavam no hospital.

Em uma das operações, o Caveirão --veículo blindado da PM-- foi atacado e teve os pneus furados.

Foi ventilado por integrantes das facções criminosas o planejamento de ações para atingir diretamente familiares do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB).

Na quarta-feira (24), o governador pediu apoio logístico à Marinha brasileira para conter a onda de ataques que ocorrem no Estado. Nesta quinta, carros blindados da corporação já participam das operações. Segundo nota divulgada pelo Ministério da Defesa, "o pedido [do governador] não envolve mobilização de tropas da Força, mas apenas meios de transporte e a guarnição necessária à operação e manutenção dos veículos".

No 5º dia de ataques (25), cerca de 200 homens da Polícia Civil entraram na Vila Cruzeiro, na Penha (zona norte do Rio), após deixarem a favela do Jacarezinho. Parte dos policiais estava em quatro veículos blindados da Polícia Militar, conhecidos como Caveirão.

Após operação, o subchefe operacional da Polícia Civil do Rio, Rodrigo de Oliveira, disse que a favela está voltando ao controle do Estado.

continua em
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/836012-entenda-a-onda-de-ataques-no-rio-de-janeiro.shtml

2 comentários:

  1. É professora a coisa esta preta, e o governo esta enrolado e com muitos problemas nesta área, vamos ver o que ele vai arranjar. O que não pode é ficar como esta.
    Abraços forte

    ResponderExcluir
  2. seu texto Isma é corretíssimo.infelizmente,os citados(e por que não dizer todo o PIG)estão contra essa ação integrada das policias.lamentavelmente,nossa mídia,antes amiga nossa,não nos atende atualmente!

    ResponderExcluir