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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Copom vê inflação mais alta e diz que avaliou interromper corte de juros

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) informou nesta quinta-feira que parte de sua diretoria considerou a possibilidade de interromper na semana passada a política de corte de juros iniciada em janeiro.

A informação faz parte da ata da reunião do Copom da última quarta-feira (22), divulgada hoje. Na ocasião, o BC reduziu a taxa básica de juros de 9,25% ao ano para 8,75% ao ano. No início do ano, estava em 13,75% ao ano.

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A ata da reunião revelou hoje que, embora a decisão da semana passada tenha sido unânime, alguns diretores do BC chegaram a propor que a política de corte de juros fosse interrompida. Mesmo assim, ao final da reunião, houve consenso de que haveria espaço para mais corte "residual".

"Apesar de alguns membros do Comitê entenderem que haveria respaldo para a possibilidade de manter inalterada a taxa básica de juros já nesta reunião, houve consenso de que o balanço dos riscos para a trajetória prospectiva central da inflação ainda justificaria estímulo monetário residual."

Na ata, a instituição também diz que deve adotar agora uma política mais "cautelosa" em relação à taxa básica de juros para assegurar que a inflação permaneça dentro das metas estabelecidas pelo governo.

"O Copom considera, também, que uma postura mais cautelosa contribuirá para mitigar o risco de reversões abruptas da política monetária no futuro."

Inflação

De acordo com o BC, as previsões de inflação feitas pela instituição para 2009 subiram em relação aos números calculados no início de junho, data da reunião anterior do Copom.

A instituição não divulga os números, mas diz que eles estão "ao redor" da meta de 4,5%. Em junho, estavam "abaixo da meta". Também houve alta nas projeções de inflação para 2010, segundo o BC.

O BC disse hoje também que, além dos cortes de juros já realizados desde janeiro --que colocaram a taxa Selic no menor nível da história--, é preciso avaliar os efeitos da política fiscal do governo, que desonerou parte da indústria e aumentou gastos.

Esse pode ser mais um fator para que o BC decida manter os juros inalterados nas três reuniões que ainda serão realizadas até o fim do ano.

"Importantes estímulos monetários e fiscais foram introduzidos na economia nos últimos meses, e deverão contribuir para a retomada da atividade", diz o Copom na ata.

"Os efeitos desses estímulos devem ser cuidadosamente monitorados ao longo do tempo, e são parte importante do contexto no qual decisões futuras de política monetária, que devem assegurar a concretização da convergência da inflação para a trajetória de metas ao longo do horizonte relevante, serão tomadas."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u602518.shtml

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