A Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos organizou em 13 de janeiro, um Ato Público/Político em defesa da paz no Oriente Médio que contou com mais de 150 pessoas. A atividade aconteceu no Memorial da América Latina, em São Paulo. Pessoas como o senador Eduardo Suplicy, a filósofa Marilena Chauí, o presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, José Gregori; o jurista Fábio Konder Comparato e a Coordenadora do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos, Margarida Genevouis, estiveram presentes. O Pontão de Convivência e Cultura de Paz também esteve representado no evento.
“É preciso ficar de vez claro que o conflito no Oriente Médio não pode ser resolvido por meios militares e as partes devem compreender que seus interesses não podem ser realizados pela violência. Numa questão historicamente complexa e difícil, a primeira exigência é estancar a violência, o sangue, a fúria, a irracionalidade. Quanto mais cedo israelenses e palestinos decidirem ouvir uns aos outros, a solução para o conflito estará mais próxima”, afirma documento lançado pela Comissão durante o evento. Leia a íntegra.
Durante sua exposição, a filósofa Marilena Chauí criticou a concepção teológica da política. Segundo ela, são visões como essas que dão margem à guerra pela ocupação da Palestina, e neste combate, quem morre são inocentes. Já Fábio Konder Comparato, pediu para que haja pressão internacional pela condenação aos crimes de guerra e condenou o Brasil por não ter assinado, por razões econômicas, a Convenção de Oslo, que pede a eliminação das bombas de fragmentação.
“Não podemos perder nossa capacidade de indignação”, apelou Margarida Genevouis. Para Hamilton Faria, coordenador geral do Pontão, a violência “justa”, é permitida e incluída como componente de mudança, ligada as idéias revolucionárias. “Neste momento de guerra, devemos nos perguntar como construir sociedades democráticas a partir de um paradigma da cultura de paz”, afirma.
http://convivenciaepaz.org.br/noticias/pontao-participa-de-ato-publico-em-defesa-da-paz-no-oriente-medio/
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